quarta-feira, 2 de maio de 2012

UM JOGO DE ATAQUE

O rugby é um jogo de ataque! É aliás esta a beleza da sua expressão. 

Aproveitando esta paragem de duas semanas da fase final do campeonato principal devido aos jogos de sevens no World Series - os mesmos melhores jogadores não podem estar em dois lugares ao mesmo tempo... - deixo, como proposta de reflexão e melhoria do jogo, a releitura dos primeiros parágrafos - recomendando naturalmente a sua leitura integral - do livro  do neozelandês C. K. Saxton, O ABC do Râguebi, escrito em 1960, traduzido por Vasco Pinto de Magalhães, o "engenheiro", em 1971 e que foi reeditado em 2011 - 3ª edição - pela mão do seu filho João.

Diz assim:
O râguebi é um jogo de ataque e os seus praticantes só podem fazer do jogo um êxito pensando ou falando  acerca dele em termos de ataque. Nunca devem encarar um encontro com a ideia de que vão para o campo para defender uma das equipas mas antes meter na cabeça que vão para atacar a outra equipa. Por outras palavras, devem aprender a primeira lição do râguebi, dar o tom.
Em râguebi o objectivo é marcar ensaios. E estes não serão marcados por jogadores que vão para o campo com o fito de defender; são marcados apenas por homens pensando no jogo em termos de ataque e que transformam os seus pensamentos em acção.                                                                                          
Uma equipa que aprecia o êxito tem de treinar para atacar, atacar outra vez, atacar sempre.

O rugby é um jogo de ataque! E ganham-se os jogos com eficiência atacante - a que permite marcar ensaios ou provocar faltas que se traduzam em território ou pontos.

E não vale a pena dizer que isso era dantes, que agora é rugby é outro. Sendo, não é: mudaram o contexto - hoje há rugby feminino - o ambiente mas não o campo, a bola, a enorme maioria das Leis do Jogo, o número de jogadores, o objectivo. Mudou apenas a capacidade dos actores: treinam mais vezes e mais tempo, são eventualmente mais fortes e com superior capacidade física, são tecnicamente mais capazes e fazem um rugby mais contínuo, mais rápido, conseguindo defender melhor e com melhor organização. O que só significa que o ataque está mais difícil e tem que ser melhor preparado. Mas continua a ser o elemento vital do jogo.É para ver ultrapassar linhas de defesa e ver marcar ensaios que vamos aos estádios. Ou não?

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