terça-feira, 4 de abril de 2017

ABRIR A ROTA DO FUTURO


Os Campeões Trophy Europeu!
Os 26 que formam a Equipa

Grande vitória dos U20 portugueses no campeonato da Rugby Europe U20 Trophy. Derrotando a Holanda (42-5), a Roménia (21-16) e a Espanha (12-7) a equipa de Portugal abriu caminho para a presença no World Rugby U20 Trophy (Grupo B do Mundial). O que, apesar de se tratar do segundo nível da competição e que apurará o 1º classificado para a prova maior de 2108 - o Mundial da categoria será disputado de 31 de Maio a 18 de Junho pela África do Sul, Argentina, Austrália, Escócia, França, Gales, Geórgia, Inglaterra, Irlanda, Itália, Nova Zelândia, Samoa - é um feito desportivo de assinalar como um dos melhores resultados da modalidade nos últimos anos. Ficando ainda marcado na memória das proezas individuais, pela excelência do ensaio praça-a-praça de Manuel Cardoso Pinto. A que se junta uma capacidade defensiva colectiva de grande categoria que se impôs quer contra a Roménia quer contra a Espanha, num muro intransponível construído em cada metro da linha de ensaio. Os jogadores e os treinadores foram notáveis e o rugby português fica a dever-lhes e, por isso e para que se lhes possa seguir a carreira - alguns deles podem (querendo) ter notáveis carreiras - aqui ficam, para memória futura, os nomes dos 26 jogadores envolvidos. Os treinadores foram o Luís Pissarra e o António Aguilar.
Esta vitória dos U20 portugueses vem mostrar que existem jogadores capazes de dar garantias de que a Selecção Nacional se pode manter no Rugby Europe Championship e ultrapassar a actual fase sem qualquer interesse competitivo que representa a III divisão europeia onde temos estado esta época - Portugal ganhou os 5 jogos sem quaisquer tipo de dificuldades. 
Tudo dependendo em termos desportivos e objectivos do próximo dia 20 de Maio - o jogo mais importante para o futuro do rugby português - esta vitória dos U20, demonstrando, repete-se, que há garantias qualitativas de futuro, exige um visão estratégica objectivada no resultado internacional. O que obrigará a mudanças na forma de olhar para a nossa competição interna que deve ser articulada com a missão federativa de estabelecer as condições adequadas à aproximação competitiva internacional.
O campeonato nacional principal tem que se adequar às exigências competitivas que o aproximem, tanto quanto possível, da competição internacional com que os nossos jogadores se têm que confrontar - e seria muito bom que uma competição ibérica de que se fala vai para anos, tivesse lugar quanto antes. E isso exige, para além da diminuição do número de equipas - vejam-se os resultados e analisem-se os números para se perceber que a competição se faz a seis! - a introdução de sistemas de pontuação classificativa que levem a uma maior condição competitiva em cada jogo. E que se considere que o play-off final, tendo sido introduzido em Portugal (ao contrário de outros países, não tem, porque não pode ter, a ver com um aumento de espectadores e, portanto, de receitas) porque permitia uma habituação dos melhores jogadores portugueses à participação em jogos decisivos como acontece no nível internacional, não pode continuar a ser considerado como uma simpática, mas antidesportiva, segunda oportunidade permanente - há uma época inteira para construir a oportunidade.
Com esta vitória abre-se uma exigência aos responsáveis, federativos e de clube, da modalidade: as decisões não podem ser prolongadas no tempo nem tomadas a conta-gotas. O tempo urge e os adversários não dormem!    


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