- Não é preciso ter maior posse de bola para vencer o jogo;
- Também não é verdade que ter o domínio territorial signifique a vitória;
As equipas ganharam os jogos porque marcaram mais ensaios, mostrando assim que é a eficácia da utilização da bola e da sua verticalização que tem a maior importância para garantir a vantagem. A que se tem de juntar a capacidade de placagem que atinge, por jogo, números impressionantes na zona das trezentas por jogo.
Interessante é também verificar a relação entre o número de rucks (entre 175 e 200) e o número de formações ordenadas que não ultrapassam as dezasseis.
Ou seja e afinal a importância das Formações Ordenadas e Alinhamentos, sendo qualitativa, tem um peso reduzido na percentagem de esforço físico do jogo. O que coloca as necessidades de treino, sem significar que o treino da conquista directa de formações e alinhamentos não sejam necessários, mais na zona de movimento — daí a necessidade do domínio completo da relação recepção-passe e da manutenção-recuperação no jogo-do-chão — do que nos momentos estáticos numa exigência de adequação do treino à realidade do jogo.
Veremos, com a continuação das jornadas e com as estatísticas que resultem do próximo Mundial, quais serão as tendências que determinarão o jogo do futuro.
Por cá, sem estatísticas públicas — tão pouco dos jogos da nossa selecção nacional e cujos dados, embora determinados, são mantidos em segredo — não é possível perceber com rigor a nossa situação comparativa. Quantas formações ordenadas, quantos rucks, quantos alinhamentos, quantas placagens existem em média nos jogos da nossa divisão principal? A que distância nos encontramos dos nossos adversários? Em que áreas do jogo somos mais deficitários? que áreas do jogo temos que desenvolver mais? em que aspectos de treino devemos focar uma maior atenção? As estatísticas ajudam muito para encontrar respostas e seria bom que a cobertura desta área fosse uma breve realidade.