sábado, 16 de fevereiro de 2019

PORTUGAL DEU UMA ABADA

Que abada...
O Rugby Europe Trophy é um torneio competitivamente desequilibrado — a Polónia já venceu dois jogos... — que dificulta a possibilidade de subida para o escalão acima e a Polónia, fraca até dizer basta!, veio demonstrar que a sua derrota em casa com a Holanda (46-0) não foi uma casualidade mas uma tendência. A questão é simples: para que servem estes jogos? O que ganha cada uma das equipas nesta disputa sem oposição?
Portugal fez o que devia — vencer! — mas não foi verdadeiramente, tal as fragilidades adversárias, posto à prova. E para que este jogo possa servir para alguma coisa é necessária ter uma atitude colectiva muito pró-activa, analisando cada situação com muita clareza e não embandeirando em arco com um resultado cujo volume não tem significado competitivo relevante.
Vencer, para quem pretende melhorar e atingir níveis superiores, exige a resiliência de uma crítica tão objectiva quanto a que se faz sobre a derrota. Achar que após a vitória está tudo maravilha – em equipa que ganha não se mexe, gosta-se de dizer — é preparar um futuro de mau caminho — em equipa que ganha mexe-se o necessário para garantir que se continua a ganhar, tem que se dizer.
O jogo foi muito fácil mas houve erros pouco admissíveis com perdas de bola (18) principalmente por maus passes. E tendo em atenção a pouca pressão feita pelos polacos, a relação passe-recepção tem que ser muito trabalhada para que, em jogos mais difíceis e com menos facilidade de bolas disponíveis, possa existir uma maior eficácia na construção e aproveitamento de oportunidades.
As deficiências, resultantes de uma competição interna em que estes aspectos são pouco cuidados, no ataque à linha de vantagem (LV) continuam, com recepção das bolas a utilizar suficentemente longe da LV para colocar, por uma equipa com mais experiência, a linha de placagem completamente dentro do campo atacante com todas as consequências negativas que daí resultam: bola atrás dos avançados e inferioridade numérica.

Daqui resultam percentagens muito baixas na eficácia atacante - 39% — e elevadas, 23%, nas perdas ou desperdícios de bola.
Deste jogo, para além da subida de um lugar — por troca com a Alemanha — no ranking da World Rugby, resulta claramente a necessidade de atento e focado trabalho durante a semana para que não haja surpresas desagradáveis no jogo, fora, contra a Holanda.



Arquivo do blogue

Quem sou

Seguidores