segunda-feira, 12 de agosto de 2019

ENSAIOS A SOBREPOREM-SE ÀS DEFESAS

A África do Sul ganha — pela primeira vez — o Rugby Championship e Gales não conseguiu mais do que segurar durante 24 horas o primeiro lugar do ranking da World Rugby.

Como principal curiosidade destes quatro jogos entre mundialistas o facto de, sabendo-se como se sabe que as capacidades defensivas das equipas estão em constante melhoria, que houve um elevado (28) número de ensaios marcados. O que constitui um bom presságio para o muito próximo Mundial.

A grande surpresa da jornada foi a excelência da vitória da Austrália sobre os AllBlacks. E embora a  expulsão (correcta) de Scott Barrett, obrigando a equipa a jogar cm 14 elementos durante toda a segunda parte, seja uma justificação para as dificuldades — como curiosidade lembre-se que os neozelandeses só aproximaram a posse da bola e do território aos valores australianos na segunda parte quando estavam em inferioridade. E o jogo teve dez ensaios, seis australianos e quatro neozelandeses. Com a demonstração de acerto, finalmente!, dos australianos que conseguiram o equilíbrio nos três-quartos entre o jogo “em linha” — herança do grande clube Randwick Rugby... — e a profundidade necessária para receberem a bola em velocidade e assim ganhar a batalha da linha de vantagem ao serem um problema para as defesas adaptativas. Os AllBlacks pareceram com dificuldades físicas — “o vergar da mola” tem destas coisas — mas, quando chegar a altura decisiva, mostrar-se-ão como sempre, ganhadores.

A equipa de Gales deitou fora uma oportunidade histórica de surgir, pelo menos durante uma semana, no 1.º lugar do ranking mundial. Mas entrou mal (nervos de liderança?) no jogo com erros defensivos — a adaptação em movimento e fora dos padrões posicionais não existiu — que culminaram com um inacreditável brinde — lançamento defensivo para o final do alinhamento falhado —  que definiu o jogo. Para além do mais, os playmakers galeses mostraram um jogo-ao-pé ineficaz com entregas permanentes no regaço do defensores ingleses...

Para a lembrança deste jogo fica o ensaio do formação Gareth Davies que fintou todos os que lhe apareceram pela frente depois de se decidir, sozinho, por um ataque pelo lado fechado.

Nos restantes jogos aconteceu, mostrando a realidade das diferenças, o que se esperava: duas vitórias sem dificuldades. E com a África do Sul a mostrar a sua melhor adaptação a um jogo de menor grau de colisão.

Para o próximo fim-de-semana o aperitivo continua...

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