sexta-feira, 20 de setembro de 2019

QUEM VAI GANHAR O MUNDIAL?

Com o Japão-Rússia em Tóquio e dentro de pouco mais de uma hora, começa o Mundial de Rugby de 2019. Quem ganhará?
Apostas não faltam e previsões também não mesmo quando os AllBlacks são considerados os principais candidatos à vitória final.
Diversos treinadores consideram o mesmo factor como decisivo para vencer o Mundial: cinco jogadores de categoria mundial na equipa. O The 1014 Rugby criou, acrescentando e através das pesquisas de Steven Prescott e Gareth Dinneen, um Modelo Vencedor da Rugby World Cup que podemos designar por 52-50-28-5,5-61%. Traduzindo mais claramente estas métricas definidas pelos autores do estudo, significa que as equipas, para estarem em condições elevadas de competitividade, tiveram que realizar 52 jogos-teste durante o ciclo de 4 anos entre Mundiais, que devem apresentar uma média de 50 internacionalizações por jogador, que terão uma média de idades, apelando a uma experiência consolidada, de 28 anos e que deverão ter também uma média de 5,5 anos de jogos internacionais com a equipa a atingir uma taxa de sucesso de 61% de vitórias nos jogos realizados. De acordo com os autores só enquadrada nestes valores é que uma equipa poderá ser Campeã Mundial.

O modelo do The 1014 Rugby, apresentado por Gareth Dinneen e Steven Prescott
e que define as métricas que o vencedor da Rugby World Cup 2019 terá que atingir
Pelos resultados obtidos nestes últimos quatro anos encaixam neste modelo 4 equipas: Nova Zelândia, Inglaterra, Irlanda e Gales. Embora os galeses, com o disparate das apostas de Rob Howley que foi obrigado a voltar para casa, possam ter criado maiores dificuldades para o seu objectivo mínimo que visa a presença nas meias-finais possam abrir assim uma porta a terceiros que não a França que, apesar das suas 6 presenças em meias-finais das quais 3 atingiram a final, não se tem mostrado actualmente suficientemente competitiva para ser colocada no lote dos favoritos. Verifica-se ainda que quer a África do Sul com 4 presenças em meias-finais das quais duas finais e um título de campeão, quer a bi-campeã mundial Austrália com 6 presenças nas meias-finais não atingem os parâmetros definidos por este estudo para serem consideradas como possíveis candidatas ao título final.
Curiosamente a previsão vai para apenas uma equipa do Hemisfério Sul e três do Hemisfério Norte contrariando o Ranking da World Rugby que divide os quatro primeiros lugares por equipas dos dois hemisférios. Também curioso é o facto de que ao longo dos 8 Mundiais já realizados apenas as equipas da Nova Zelândia, Austrália, França e da África do Sul (esta só tendo participado em 6 campeonatos) ultrapassaram sempre , numa relação de 3 para 1 e em favor do Sul, a fase de grupos e disputaram eliminatórias.
As quatro equipas que, aproximando-se das métricas determinadas pelo modelo 52-50-28-5,5-61%, são as principais candidatas ao título de acordo com os autores do RWC WINNING MODEL

Mas naturalmente que a África do Sul, recente vencedora do Championship e a Austrália que venceu os AllBlacks por 47-26, apesar da correção seguinte de 36-0, não podem ser descartadas e é isso mesmo que mostram as previsões da Rugby Vision do neozelandês Niven Winchester, economista do Massachusetts Institute of Technology (MIT), que considera as hipóteses percentuais para a presença de cada equipa — lembre-se que a ida às 1/2 finais abre a possibilidade de um lugar no pódio — da seguinte forma: 
  1. Nova Zelândia - 89%    1/2 finais - 71,5% Final - 57,7% Campeão
  2. Inglaterra        - 68,7% 1/2 finais - 27,3% Final - 14,4% Campeão
  3. África do Sul   - 64%    1/2 finais - 40%    Final - 12,8% Campeão
  4. Irlanda             - 34,5% 1/2 finais - 19,7% Final -   5,6% Campeão
  5. Gales               - 52,5% 1/2 finais - 18,8% Final -   5,2 % Campeão
  6. Austrália        - 42,1% 1/2 finais -  11,2% Final -  2,4% Campeão
colocando, como tantos outros, a Nova Zelândia, 7 vezes presente em meias-finais, 4 em finais e com três títulos conquistados, como a grande favorita.
A partir de hoje os dados estarão lançados para a procura de um dos dois primeiros lugares de cada um dos quatro grupos que permitirá o acesso aos 1/4 de final que. para além de garantirem a qualificação para o Mundial de França de 2023, mantêm ainda a esperança de um brilharete. Assim e com a excepção do Grupo C , o "grupo da morte", que com Inglaterra, França e Argentina não tem dois primeiros classificados declarados, a Irlanda e Escócia do Grupo A, a Nova Zelândia e África do Sul do Grupos B e a Austrália e Gales do Grupo D, encontrar-se-ão com certeza nos quartos-de-final, restando a nós, portugueses, torcer para que a Geórgia — nosso adversário europeu para o apuramento do França 2023 — consiga um 3º lugar no grupo, derrotando Fiji, que a 
apure automaticamente. 

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