domingo, 1 de setembro de 2019
ALL-BLACKS DE NOVO EM PRIMEIRO
Com a derrota de Gales, em casa, frente à Irlanda, os All-Blacks voltaram ao primeiro lugar do ranking da World Rugby. Posição de que só sairão — não podendo obter pontos de ranking contra Tonga por haver uma diferença de mais de dez pontos entre as duas equipas — se a Irlanda, no próximo sábado, vencer de novo Gales mas por mais de 15 pontos.
No jogo de Cardiff — no último jogo de Gatland “em casa” — ficou claro, um aspecto: a segunda linha de jogadores de Gales não lhes garante uma profundidade competitiva com qualidade dos seus congéneres irlandeses. Facto que aliás é detectável nos resultados conseguidos por equipas de ambos os países nas taças europeias...
A equipa “reserva” de Gales mostrou grandes dificuldades, desde as “formações-ordenadas” ao jogo da linha de “três-quartos” mas com o pecadilho maior de falhas graves nas placagens — 21 placagens falhadas numa baixa percentagem de sucesso de 79% contra 91% dos irlandeses. Na utilização das bolas atacantes, os galeses jogaram muito longe da “linha de vantagem”, tão longe que nem sequer obrigavam os seus adversários a subir com velocidade para garantirem a “linha de placagem” no meio-campo adversário: os irlandeses subiam a baixa velocidade, bem coordenados, não abrindo intervalos e conseguindo não entregar terreno ao adversário. O que Gales teve de melhor foi ainda o esforço em cima da sua própria linha de ensaio para impedir a marcação de ensaios. De pior, para além da ineficácia da utilização da bola, foi a “formação-ordenada” que ainda entregou um “ensaio de penalidade”. E houve ainda um falhanço de penalidade de fácil execução. E assim, mesmo tratando-se de uma óbvia equipa reservista, lá se foi a primeira posição no ranking...
Em Paris, a França limitou-se a cumprir a sua obrigação: ganhar com um resultado que não deixasse margem para dúvidas. Mas os problemas disciplinares — 10 penalidades em 20’ e dois cartões amarelos — voltaram a pôr em causa a coesão da equipa. Mas mesmo assim, os franceses marcaram 7 ensaios. a mostrar as vulnerabilidades italianas,
Como curiosidade dos dois jogos, a lembrar que a diferença se faz pela qualidade do uso da bola, o facto de os dois derrotados terem tido maior posse de bola e terem conquistado mais terreno. Enfim, mais uma demonstração que a formação e o domínio das técnicas de base são os factores diferenciadores (como demonstram, ao longo dos anos, os de novo primeiros classificados, os All Blacks)
Nos restantes jogos as vitórias previsíveis com os Escoceses a mostrarem as incapacidades dos georgianos que, apesar do seu constante domínio na divisão europeia da Rugby Europe ainda se mostram suficientemente longe dos melhores.
Entretanto a World Rugby decidiu — para os jogos internacionais que têm TMO — que os árbitros
devem consultar o vídeo-árbitro sempre que considerarem que uma falta é merecedora de cartão vermelho. A análise deverá ser feita de acordo com o quadro-resumo (ver aqui ) definido pela World Rugby.