Primeiro jogo internacional da época para Portugal e último para o Brasil, esta jovem equipa portuguesa teve, como seria esperado, grandes dificuldades na formação-ordenada a que juntou 3 cartões amarelos — 37,5% de tempo do jogo com 14 unidades — que não foram mais do que ouro dado ao adversário, hipotecando claramente as hipóteses portuguesas. Que foram algumas mas a habitual inadaptação disciplinar dos jogadores portugueses à arbitragem internacional, impediu uma maior eficácia na utilização das bolas disponíveis,
Pontos interessantes? Um ou outro momento defensivo de boa adaptação e organização — “scramble defense”— aos movimentos adversários. Mas ainda falta experiência e coesão a esta equipa para poder garantir, no primeiro quarto do próximo ano, os pontos necessários à absolutamente necessária manutenção no segundo grupo europeu. Mas gostei de ver alguns princípios conceptuais da equipa. Veremos o seu desenvolvimento.
Com esta derrota Portugal perde 1,05 pontos e desce assim dois lugares no ranking sendo ultrapassado pelos mundialistas Canadá e Namíbia.
Nos sevens de Elche a equipa portuguesa não conseguiu melhor do que cinco derrotas, classificando-se no 12º e último lugar e mostrando deficiências técnico-tácticas, como placagens em que o ombro não é determinante ou incapacidade de fixação da defesa deslizante.
Bem vistas as duas prestações portuguesas permitem uma boa análise crítica à actualidade das capacidades dos jogadores portugueses e podem ser base das transformações necessárias nas melhores equipas portuguesas. Porque se a nossa visão rugbística não se estabelecer no equilíbrio do nível internacional, os sonhos não passarão de fogachos nebulosos.
SPORTING FEMININO BI-CAMPEÃO IBÉRICO
A equipa feminina de XV do Sporting conquistou a segunda Taça Ibérica consecutiva, vencendo as campeãs espanholas de 2018/19, as CRAT da Corunha, por 16-12. Lembre-se, valorizando ainda mais
a vitória sportinguista, que o campeonato espanhol é jogado com equipas de quinze enquanto que em Portugal a competição feminina divide-se pelos Sevens e Tens, dificultando em muito a necessária adaptação e organização colectivas. E como mostram os resultados a atitude, perseverança e o espírito de equipa são notáveis neste grupo. Parabéns!
Com estas duas vitórias contra as campeãs espanholas é altura de procurar uma reorganização do rugby feminino em Portugal para proporcionar a participação nas competições internacionais de XV.