quarta-feira, 12 de março de 2025

RUGBY BEM JOGADO É UM JOGÃO


 Os jogos deste fim‑de‑semana foram francamente interessantes de ver. No primeiro jogo entre a Irlanda e a França pode tirar-se o chapéu ao seu treinador da defesa, Shaun Edwards — a defesa francesa nos primeiros 20 minutos do jogo foi simplesmente fabulosa, jogando praticamente em cima da sua linha-de-ensaio e não dando a mínima hipótese de ensaio aos irlandeses. A base desta capacidade defensiva esteve muito na capacidade de atraso na  disponibilização da bola nos rucks de controlo irlandês, bem como terem conseguido colocar poucos defensores — não mais de 3 normalmente — em cada “expontânea”, deixando mais jogadores nas linhas defensivas, retirando assim a vantagem do habitual e constante apoio dos irlandeses . E todo este esforço foi possível porque a estratégia montada contou com uma composição de banco de 7+1 — e assim quando se pensava que os franceses não iriam resistir por mais tempo, a “bomb squad” fez o seu trabalho e as linhas atrasadas trataram do resto mesmo após a saída de Dupond — ao que parece por ruptura de ligamentos do joelho — uma vez que cumpriu a missão de distribuição com grande classe.
Com este resultado — muito inesperado — a França deu um enorme passo, colocando-se já no 1º lugar da tabela classificativa, para vencer o Torneio 2025.

No jogo de Murrayfield entre a Escócia e Gales, a vitória escocesa, previsível, deu-se sem grandes problemas —  os escoceses estavam avisados das “novas” capacidades galesas e, como avisaram, procuraram marcar, tão cedo quanto possível, o maior número de pontos para despertar o “monstro” das consecutivas derrotas na cabeça dos jogadores adversários. E se o pensaram, melhor o fizeram atingindo, aos 60’, o resultado de 35-8 — tendo Gales, no entanto, conseguido, no último quarto do jogo, recuperar, marcando 3 ensaios e obtendo 2 pontos de bónus — um defensivo por resultado inferior a 7 pontos e outro ofensivo pela marcação de 4 ensaios. Dentro da tristreza da 17ª derrota consecutiva, Gales levou o sorriso dos pontos de bónus e a certeza que estão a percorrer um bom caminho que, com ganho de experiência dos seus jogadores mais jovens, trará bons resultados.

No Inglaterra-Itália fica na memória um super contra-ataque de Capuozzo que, desde “lá atrás”, fintou adversários e atraiu defesas para entregar a bola ao excelente Nº8, Ross Vintcent que, apoiando e ao receber a bola, fez uma óptima finta-de-passe a que sumou uma troca-de-pés para marcar um belo ensaio depois de uma corrida dos dois jogadores de cerca de 60 metros campo fora.

Com estes resultados teremos uma próxima 5ª jornada em que só então se conhecerá, entre França, Inglaterra e mesmo Irlanda e de acordo com os resultados conseguidos, o vencedor do Seis Nações 2025. Com a enorme vantagem da França que em Paris e contra a Escócia já conhecerá, quando o seu jogo começar, os resultados dos outros pretendentes ficando assim a saber que resultado precisará para conquistar o primeiro lugar do Torneio.

Por cá jogou-se a final da Taça de Portugal com vitória do CDUL sobre o Cascais por 23-19 conseguida no último minuto do jogo com um ensaio do excelente neozelandês Shane Van Rooyen que não desistiu de perseguir um seu pontapé de cerca de 60 metros e que, com a pressão conseguida, obrigou ao erro do jogador de Cascais provocando, pela carga, que a bola fosse parar na área-de-ensaio adversária, marcando assim o ensaio que transformou o resultado. e que permitiu a conquista da Taça para o CDUL

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