terça-feira, 24 de agosto de 2010

SEXTA EVIDÊNCIA

Perdida no canto de um jornal e no meio das notas do jogo ficou uma outra evidência que o África do Sul - Nova Zelândia proporcionou. A sexta e assim:

Sexta evidência: o jogo-ao-pé - a este nível (porque em níveis inferiores o jogo-ao-pé, mesmo em recurso, pode ser um instrumento de perturbação e portanto uma boa arma de ataque) - é pura entrega da bola ao adversário. Com enormes riscos.
Se houver um bom número de jogadores adiantados em relação ao chutador - situação típica dos pontapés pingue-pongue - o lançamento do contra-ataque (porque a lei obriga aos companheiros que estão à frente do chutador a recuar) pode fazer-se através dos diversos intervalos que a situação criou e será asssim possível conquistar terreno. Mais: a organização da equipa contra-atacante é mais simples do que a organização da agora defensora. A primeira porque sabe para onde vai; a segunda porque, tendo que organizar-se de acordo com o ataque, vê-se obrigada a ceder terreno. Haja confiança.
Se a maior parte dos jogadores estiver atrás do chutador, a necessidade de uma subida lenta - eventualmente com dois ou três caçadores - para garantir a formação de uma linha e não permitir a criação de intervalos defensivamente incontroláveis, vai proporcionar ao atacante o tempo de organização necessário para provocar pontos de concentração da defesa nas zonas mais favoráveis.

Viu-se neste jogo que, se o jogo-ao-pé para fora serve para aliviar uma pressão de risco elevado e permitir conquistar terreno nas costas da defesa para ampliar a sua margem de segurança, o pontapé para dentro do terreno-de-jogo fica - pelas iniciativas de contra-ataque cada vez mais visíveis - com uma exploração diminuta e pode - a este nível, entenda-se - estar com os dias contados. A um ano do Campeonato do Mundo, esperam-se os desenvolvimentos. Aliciante.

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