domingo, 9 de dezembro de 2012

A CRESCER LÁ CHEGARÃO

Desportivamente falando percebe-se bem a diferença entre a experiência e o crescimento: a equipa experiente mantém, sejam quais forem as circunstâncias, o seu modelo de jogo, a sua forma de jogar mais adequada e mais eficaz para o conjunto dos seus jogadores, até que, por imposições do jogo do adversário, decide ir buscar as soluções de reserva que melhor se adaptem à situação que enfrenta; pelo contrário, a equipa em crescimento tende, quando a pressão parece sufocar, a "deslaçar" a forma de jogar sem a substituir pela estrutura de outra.

Foi um pouco isso que sucedeu a Portugal no jogo com a França. Pelo conjunto da pressão da circunstância e do adversário, deixou de utilizar o seu modelo de jogo - como Frederico de Sousa bem acentuou ao intervalo - desuniu-se e passou a tentar resolver o jogo individualmente. O modelo habitual de ataque central para, caso não haja perfuração eficaz, manter abertas duas alternativas de ataque, viu-se substituído por um "cada um por si" previsível nas faixas laterais do terreno. Na 2ª parte, Portugal melhorou e a França teve a sorte dos deuses pelo seu lado - terá sido talvez o finalista mais afortunado dos Torneios. Já contra Fiji, equipa com outra rapidez e comprimento de passe, com mudanças de ângulos e linhas de corrida de grande facilidade, as possibilidades são diferentes - veremos as melhorias em Fevereiro no nosso Grupo D de Wellington.

Embora não ganhando na segunda jornada, Portugal mostra crescer no bom caminho e tem agora 21 pontos e encontra-se no 9º lugar da classificação. O que significa que o objectivo principal da época - manter-se entre as doze equipas residentes do World Series. A Espanha e a Escócia estão mais longe mas é ainda necessário colocar outra das residentes - a Inglaterra e a Austrália podem acordar a qualquer momento... - atrás de nós. Tarefa difícil mas não impossível.

Os "miúdos" estão uns bravos.

(nota: no Se7ens só há duas Taças que contam, a Cup e a Plate. As outras taças são para ser disputadas por aqueles que não se qualificam para a taça principal e que não passaram do terceiro lugar nos grupos. Embora possa não parecer é melhor chegar à Cup e perder aí nos quartos-de-final e passar para a Plate, mesmo perdendo a meia-final, do que vencer qualquer das outras taças que são disputadas. Estas alterações são recentes e são agora muito mais justas e colocaram o devido valor das taças: são para inglês ver. Agradáveis de vencer para quem não conseguiu mais. Uma consolação.)

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