sábado, 16 de março de 2013

QUEM ARRISCA, GANHA

Que importa que na teoria a Espanha seja dada como favorita com doze pontos à maior? Que importa, aliás, que o jogo seja em Espanha? Que importa seja o que for quando a única consolação que resta nesta época internacional é ver Portugal ganhar?

Como nos vamos habituando noutras modalidades, deixamos tudo para o fim, apostando num sabe-se lá o quê que tem o sortilégio de nos proteger. E vivemos estes jogos de coração na mão, no equilíbrio de uma corda bamba, num jogo duplo de suspense e objectividade.

Já se sabe: só interessa a vitória. E como consegui-la?

Embora não devamos levar muito a sério o saco espanhol de 60 pontos conseguidos na Geórgia, (porque, como já sabemos da experiência, significa pouco sobre as suas possibilidades) esse resultado pode ajudar-nos se, marcando primeiro, obrigarmos os espanhóis a correr atrás do resultado. O fantasma de Tiblisi pode então levá-los à precipitação e ao erro aproveitável. E assim, de desconfiança em desconfiança, de pressão em maior pressão até à derrota final como resulta do corolário da Lei de Murphy: quando a pressão aumenta sheet happens!

Para que isto seja possível, para que a vitória seja real, é preciso que cada jogador mostre a confiança necessária - em si próprio com transmissão aos companheiros - para que a equipa possa correr os riscos necessários que a marcação de pontos exige. Ou seja que o XV de Portugal seja o agente criador de acções, deixando o espaço da reacção para o adversário. O que significa que Portugal deve assumir o papel de equipa atacante e obrigar a Espanha ao papel de defensores.

O que exige confiança, muita confiança. E a sorte dos que porfiam.




Arquivo do blogue

Quem sou

Seguidores