A Irlanda venceu o 6Nações 2024 com 4 vitórias — não conseguiu de novo o Grand Slam — num torneio muito equilibrado e com grande competitividade como o demonstram os 9 pontos de bónus defensivos em 15 jogos — 60% de jogos com “pontos de bónus defensivos” — e ainda com a curiosidade de ter havido 3 equipas (Gales, Escócia e Inglaterra) que obtiveram simultaneamente e no mesmo jogo pontos de bónus ofensivos e defensivos. De facto, um torneio de grande qualidade competitiva e com jogos muito bem disputados e de grande intensidade e espectacularidade.
Nesta última jornada a maior supresa foi dada pela Itália que, continuando o bom torneio que tem feito, venceu Gales em Cardiff e que, tendo conseguido valores menores — até em ensaios — nos principais domínios do jogo, realizou, numa notável consistência defensiva que não permitiu mais do que 6 rupturas para uma posse galesa de 61% , 226 placagens com um sucesso de 87%.
No França-Inglaterra, enquanto que a Inglaterra, abandonando o seu clássico modelo-de-jogo, continua a sua adaptação a formas mais próximas do “rugby de movimento”, vimos a França vencer no final graças a uma extraordinária conversão de pontapé de penalidade de Thomas Ramos, permitindo assim uma vitória pela diferença de 2 pontos. E com esta “sorte” final a juntar às sortes em finais de jogo do vídeo-árbitro contra a Escócia e do pontapé no poste do italiano Garbisi, a França conseguiu terminar o Torneio na 2ª posição, acabando assim por mostrar aos adeptos que existe futuro que possa fazer esquecer a sua prestação no Mundial de 2023.