De novo há inovação no rugby do outro lado do mundo. O Super 15 somou às alterações inovadoras conhecidas a novidade do Cartão Branco - cartão a juntar aos já conhecidos "amarelo" e "vermelho" com o propósito de, garantindo uma diminuição do jogo subterrâneo, tornar o jogo mais leal e mais transparente aos olhos do espectador.
Trata-se de um cartão para ser utilizado quando o árbitro, tendo tido a percepção de falta violenta, agressão ou similar, não tenha tido possibilidade de identificar o autor ou não se tenha apercebido do que realmente aconteceu. Tem assim duas vantagens: evita que o árbitro - em vez de ver - presuma e que o jogo subterrâneo, mesmo se disfarçado, seja detectado posteriormente pelo vídeo. Diminuindo assim o descricionarismo do árbitro, aumentando o papel revelador do vídeo e clarificando o jogo.
Havendo amostragem do cartão branco a jogada será posteriormente visionada pelo comissário ao jogo que fará então o seu relatório sobre o incidente e a falta escondida, o jogo subterrâneo, será penalizado de acordo com o nível da falta verificada.
É uma boa notícia. Embora obrigando - o que nem sempre será possível - a filmagem vídeo de todos os momentos do jogo, exige uma maior lealdade no campo e garante um nível superior de desportivismo. Colocando de novo o rugby na vanguarda da defesa da verdade desportiva.
Se este cartão existisse na Europa a recente expulsão de João Correia no XV de Portugal - England Students não teria sido como foi. Em vez disso teria havido um cartão branco, uma análise posterior e um castigo adequado ao acto - que, repete-se, foi gratuito e deslocado. Mas haveria a certeza de que o castigo seria adequado ao desplante.