sexta-feira, 18 de outubro de 2013

CONTINUIDADE DA EXPERIÊNCIA

Novo jogo da Amlin Cup e com adversário do calibre dos London Irish. Depois da experiência do jogo com o Stade Français e que terminou com demonstrações de apreço quer do público presente quer dos jogadores do Stade.
O que se espera amanhã no Estádio Universitário de Lisboa da parte dos jogadores portugueses - o Lusitanos XV - é que nos mostrem uma continuação, em patamar já superior, da aprendizagem iniciada em Paris.
E se o problema mais difícil de ultrapassar estará no salto de ritmo entre a competição nacional e o nível de competições como esta, já se espera que o "tempo" de decisão e execução tenha um salto de qualidade, possibilitando assim uma utilização da bola mais eficaz e mais adequada ao quadro competitivo internacional.
Os defeitos da construção do jogo português são conhecidos e, pese embora o esforço que se tem realizado nos cursos de treinadores para que a formação de jogadores se realize em moldes e métodos actuais, nada melhor do que a possibilidade de os ver - definindo causas e procurando soluções - em directo e ao vivo.
E esta é uma das importâncias que tem este tipo de jogos: possibilitar aos que têm a responsabilidade pelo treino nos mais diversos clubes a compreensão, a evidência, do caminho a desenvolver.
Porque o rugby português se não tiver resultados internacionais no nível da sua competência encontrará cada vez mais dificuldades financeiras. Porque o subsídio estatal diminuirá mais do que as circunstâncias já exigem e os patrocinadores não mostrarão qualquer interesse em juntar a sua marca a quem entre em plano inclinado. E é com a experiência que jogadores e treinadores possam tirar destes jogos que o desenvolvimento qualitativo acontecerá.



Apesar dos resultados obtidos no 6 Nações B da época passada não terem acrescentado mas, pelo contrário, terem diminuído pontos do ranking IRB, o rugby português consegue manter-se na segunda posição das modalidades colectivas portuguesas - não considerando o hóquei que não apresenta dimensão mundialmente comparável.
Pelas mais diversas razões manter esta posição relativa entre as modalidades portuguesas tem óbvia importância. Tentar aproximarmo-nos do 20º lugar no ranking IRB tem também óbvia importância. O que só se consegue com bons resultados internacionais. O que será, em ambas as circunstâncias, um garante mínimo para a saúde financeira da Federação. O que é idêntico a dizer, para o rugby português.
Esta percepção - que me parece tão evidente como inquestionável - exige que os nossos jogadores de élite sejam capazes de se sobrepôr aos jogadores seus adversários no espaço competitivo onde se jogam pontos de ranking e lugares de acesso a provas de nível mundial. E isso só será possível elevando os nossos hábitos competitivos.
O jogo contra os London Irish faz parte desse processo.

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