sábado, 26 de outubro de 2013

SUB-18 COM BOA VITÓRIA

Apesar de jogarem contra uma equipa mais velha - da Rússia, apesar da clareza cristalina das regras sobre as idades, ninguém terá lido o caderno da prova... - os Sub-18 de Portugal conseguiram uma óptima vitória por 19-14. Que poderia ter sido mais dilatada não fossem os falhanços de penalidades normalmente convertíveis.
Por culpa dos russos, o jogo era a feijões - Portugal, como acontecerá com a Espanha, tinha o jogo ganho na secretaria - mas tive a garantia de que, para que o jogo valesse, no minimo, um bom treino para as duas selecções, os jogadores não tinham sido previamente informados da decisão dos responsáveis pelo torneio. O que significa que a vitória foi boa, sem favores ou distrações e demonstrativa das capacidades competitivas dos jogadores portugueses. Um bom sinal para o jogo contra a Espanha - agora uma final - que decidirá quem se juntará ao grupo da elite europeia.
A selecção portuguesa fez um bom jogo e mostrou interessantes capacidades, nomeadamente jogando ao largo com bastante intenção, procurando a linha de vantagem e atacando intervalos. Para atingir o máximo de eficácia apenas faltou a capacidade de criar o apoio próximo e "nas costas" do portador para dar continuidade á perfuração sem a necessidade de passar pelo chão. De facto parece existir um problema de adaptação dos jogadores portugueses - dos mais jovens aos mais velhos - à situação de apoio na perfuração. Em vez de confluirem, ao minimo sinal corporal do portador da bola da intenção de perfurar a defesa, as suas linhas de corrida, alterando angulos e preparando-se para garantir a abertura de linhas de passe, tendem, ao contrário, a manter-se no mesmo corredor e à espera que a sorte do jogo lhes faça chegar a bola. E será a alteração desta forma de jogar, entendendo o tempo próprio da tomada de decisão para cada acção (apoiar ou receber) e a necessidade de adaptação às circunstâncias, que permitirá uma superior eficácia das acções e movimentos. E que fará a diferença maior.
Por outro lado o jogo ao pé - costuma dizer-se que um pontapé é bom quando permite uma boa perseguição - necessita também de maior precisão, procurando os espaços livres do campo adversário para garantir a criação de dificuldades, limitando as oportunidades de contra-ataque e assim possibilitando a conquista de território. Mas o caminho, com base no que se viu, é promissor - assim existam as possibilidades de garantir a estes jogadores qualidade competitiva neste final da sua formação quando se encontram no período de passagem do "treinar para competir" para o "treinar para vencer". 
Foi uma boa vitória e que dá um sentido superior à recente candidatura da Federação Portuguesa de Rugby ao Mundial B de Sub-20 para 2015 - serão estes jogadores que lá estarão se a prova nos for entregue.
O mote está dado e o desafio está lançado aos Sub-19 que hoje jogarão com a Polónia.

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