"Entusiasmo sem conhecimento é o amigo íntimo da tolice.", Sir John Davies, Procurador-Geral da Irlanda de 1603 a 1617.
Do gabinete do ministro Maduro saiu um Despacho sobre a obrigatoriedade de transmissões em sinal aberto para diversas áreas desportiva: o futebol com a parte de leão, andebol, atletismo, basquetebol, hóquei em patins, voleibol. Com algum optimismo fala-se nas taças europeias, campeonatos do mundo, finais, fases finais, etc. etc.
Do rugby nem hipotese. Nem taças disto, nem daquilo. Nem participações nos apuramentos para o Mundial, jogos da Cup no Sevens World Series ou jogos da Amlin. E por acaso [ :-) ] o rugby é a segunda modalidade portuguesa de desportos colectivos em posicionamento dos rankings mundiais, hóquei em patins excluído.
E se as vitórias sobre a Suécia irão melhorar o posicionamento do futebol - terá conquistado 136 pts podendo atingir o 5º lugar do ranking mundial com 1172 pts - as restantes modalidades ficarão onde estão e o rugby português só pode subir - ganhando - e não descerá da actual posição se perder este sábado com o Canadá.
O rugby português deve muito à televisão pública portuguesa que, com o esforço e vontade do Cordeiro do Vale, fez-nos atravessar fronteiras e ver os jogos do 5 Nações para nos deixar então perceber como se jogava ao melhor nível. Sem a televisão pública portuguesa o rugby português nunca teria atingido a capacidade de resultados internacionais que hoje tem. A televisão pública portuguesa podia - pela sua quota-parte nos resultados conseguidos - voltar a colocar-nos mais próximos do centro do rugby mundial e permitir assim que o rugby seja melhor conhecido em todo o país e proporcionando à miudagem uma oportunidade de entusiasmo desportivo fora do esquema habitual. Mas essa preocupação ficou pela privada Sport TV que az importante divulgação com a dificuldade de ser para assinantes e a óbvia restrição de acesso.
A televisão pública pode, hoje em dia, não passar qualquer jogo de rugby mas a realidade é esta: o rugby está em 2º lugar entre as modalidades colectivas portuguesas de expressão mundial.
E há quem não faça do facto a mínima ideia.