sábado, 18 de março de 2017

6 NAÇÕES - PREVISÕES 5ª JORNADA



Nesta última jornada do 6 Nações 2017, não vão faltar motivos de interesse mesmo se a Inglaterra já assegurou o título  - mas ainda procura o Grand Slam e o recorde de 19 vitórias consecutivas - ou se a Escócia, confiante na vitória contra a Itália, olha para um honrosíssimo 2º lugar, sonhando que a França perca mas que Gales não tenha ponto de bónus e que a Irlanda não consiga derrotar a Inglaterra. Resultado último que, ganhando em Paris, também interessa a Gales que, se assim for, será cabeça-de-série no próximo Mundial de 2019. Vale que os jogos não são ao mesmo tempo e temos a possibilidade de fazer as contas com a calma dos intervalos.
Na visita ao Stade de France os galeses - em homenagem ao velho mito dos campos desportivos de que "em equipa que ganha não se mexe" - apresentam a mesma equipa que venceu a Irlanda em Cardiff. Apostando noutro velho mito de que a importância da defesa antecede a do ataque e garante a vitória - assim pareceria contra irlandeses não fora o facto de terem marcado três ensaios - Gales corre de novo o risco de pretender atacar com o hábito confortável de Biggar jogar longe da Linha de Vantagem, possibilitando assim que a defesa avance os seus componentes exteriores e "entale" o ataque. Fieis à ideia que as defesas não permitem ataques exteriores em 1º tempo (Shaun Edwards, dixit), os galeses - esquecendo as suas próprias evidências do contrário - encontram-se divididos entre o velho e previsível estilo das Warrenbals e a procura dos espaços exteriores. E contra franceses que foram formados no deslizar da defesa para, mesmo cedendo inofensivo terreno, imporem uma superioridade numérica capaz de cortar os apoios interiores, Gales corre grandes riscos de ineficácia atacante. E, como habitualmente, Sam Davies, que nasceu para atacar a Linha de Vantagem e fixar defesas, continuará a assistir ao jogo do banco.
Em Dublin, a Inglaterra procurará impôr o seu jogo - hoje mais rápido, com acelerações devastadoras a atacar intervalos - a uns irlandeses que irão precisar de todo o seu tradicional "fighting spirit" para resistir e repetir a proeza feita aos All Blacks: impedir a existência de 19 vitórias consecutivas entre equipas do Tiers 1. 
Sabendo-se que as maiores dificuldades inglesas estão - como se viu em Itália -  na adaptação a algo de novo ou diferente do habitual, fica a curiosidade de saber qual a surpresa táctica que os comandados de Joe Schmidt irão apresentar. Ou veremos a superioridade inglesa crescer com ataques sistemáticos ao canal de Sexton, desgastando-o e retirando-lhe lucidez atacante para aplicar as suas desequilibradoras "dobras"? De qualquer forma, um combate com bola oval a mediar.
Seja como fôr, os jogos vão garantir um sábado na frente da televisão. Entre as 12:30 e as 18:30 o rugby vai comandar e o almoço vai confundir-se com um lanche. Sandes portanto.

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