sábado, 13 de fevereiro de 2021

PREVISÕES PARA A 2ª JORNADA DO 6NAÇÕES 2021

2ª JORNADA

Neste fim‑de‑semana dois jogos — Escócia x Gales às 16h45 de sábado e Irlanda x França às 15h00 de domingo e que serão transmitidos na Sport TV5 — chamam a especial atenção dos adeptos. O outro jogo, Inglaterra x Itália, 14h15 de sábado no mesmo canal, servirá para a conciliação — fácil, diria — do XV da Rosa com o seu público. Permitindo, nomeadamente, que o contestadíssimo  Owen Farrell volte ao lugar de 1º centro. E que Jones continue com os seus mind-games... A única curiosidade deste jogo é a de saber se os ingleses mostram que são capazes de jogar um jogo interessante e não o habitual e repetitivo colide-colide-chuta e colide e colide... Como novidade apenas — e segundo o próprio Ford — o retorno do pontapé-em-rotação que o, de novo, abertura, acredita ser de bastante mais difícil controlo por parte dos defensores. Quanto aos italianos, a Rugby Vision atribui-lhe 97,9% de probabilidades de ficarem— mais uma vez — no último lugar. Portanto deles... ninguém espera nada de especial.

A vantagem da casa nos jogos é evidente nas previsões quer do XVcontraXV, quer do Rugby Vision do neozelandês e economista no Massachusetts Institute of Technology, Niven Winchester que simpaticamente me autoriza a reproduzir as suas previsões e probabilidades. A Escócia, com a belíssima defesa que mostrou contra a Inglaterra, é muito capaz de reduzir a vontade galesa à sua expressão mais simples. Até porque Gales, apesar da moralização que vitória sobre os irlandeses provoca, viu o azar bater-lhe à porta na incapacidade de George North que, no último fim‑de‑semana, se mostrou como o mais eficaz penetrante dos jogadores galeses. Como irão os galeses resolver a falta, é uma das curiosidades do jogo.

No Irlanda-França teremos o prazer de voltar a ver a dupla Dupont-Jalibert que, embora não tenha como adversários directos a também notável dupla Murray-Saxon — o que seria um mais nas enormes expectativas que rodeiam o jogo — irão com certeza encher o campo de momentos espectaculares. O resultado final vai estar muito dependente da velocidade de disponibilização das bolas nos reagrupamentos no chão — os irlandeses para utilizarem a sua melhor qualidade que consiste na capacidade de multiplicar fases com recurso a um passe até à quebra defensiva adversária; os franceses porque, nos seus melhores dias em que perdem o medo ao risco, gostam de aproveitar todas as oportunidades de jogo aparentemente desorganizado. Para se ter uma ideia da diferença de modelos de jogo entre as duas equipas, vejam-se as seguintes estatísticas: contra Gales a Irlanda fez 262 passes (!!!) para percorrer 536 metros (2 m/passe) realizando 168 rucks; contra a Itália, a França fez 104 passes — menos de metade do realizado pelos irlandeses — para percorrer 484 metros (4,6 m/passe), realizando 58 rucks, quase um terço do produzido pelos irlandeses. O que traduz duas tendências distintas: do lado dos irlandeses um tanto vai até que fura, do lado francês a preferência pela manobra antes da colisão. Veremos o resultado deste confronto num óptimo pretexto para garantir o necessário “fique em casa”

Nota: em relação ao texto primeiramente publicado foram acrescentadas algumas estatísticas.


 

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