Como se pode ver pelas previsões, a maior parte dos jogos tem “vencedor antecipado”, normalmente a equipa da casa — com excepção do Gales contra a África do Sul, campeã mundial em título. Repare-se que e dado o regulamento de ranking da World Rugby, a maior parte dos jogos — com um desnível superior a 10 pontos — não permitirão, caso os vencedores sejam os previsíveis, qualquer aumento de pontos de ranking. O mesmo se passando com os derrotados. Aumentos e perdas só se houver surpresas…
Apesar da incapacidade galesa demonstrada em Twickenham — note-se que chegaram a jogar contra uma equipa de doze ingleses — e apesar da troca de 14 jogadores efectuada por Warren Gatland em relação ao último jogo — apenas se mantém o asa Dan Lydiate, havendo ainda um saudado retorno de Jac Morgan que volta ao capitanato e, espera-se, a comandar as placagens — existe curiosidade para ver o comportamento da defesa galesa — que esteve muito bem na vitória sobre os ingleses — na oposição à eficácia do poder de colisão sul-africano que, durante 2023, conseguiu 57% de ultrapassagens da linha-de-vantagem. E outro ponto a considerar será a luta nas formações-ordenadas onde se verifica, para o ano de 2023, 100% de sucesso para os sul-africanos nas suas próprias introduções contra o fraco resultado galês de 81,4%. Mas Cardiff é Cardiff e o jogar no Principality Stadium — embora a actual previsão não lhe seja nada favorável — não é fácil para ninguém. E haverá sempre o momento mágico do cântico do Land of My Fathers (Hen Wlad Fy Nhadau).
A Geórgia, como será fácil de calcular, não terá grandes dificuldades em vencer os Estados Unidos que, longe de preocupações imediatas, estão com as preocupações na formação futura da sua equipa — já estão com o pensamento em 2027…
A Inglaterra, abalada com o tira-não-tira do “vermelho” ao seu capitão e estratega Owen Farrell que, dada a situação, não foi convocado, vai ter que demonstrar — contra a equipa irlandesa que ocupa o 1º lugar do ranking da World Rugby — que não será uma mera figurante do Mundial. Mas o seu jogo não tem sido brilhante — últimos cinco jogos com 3 derrotas e 2 vitórias. E a Irlanda, que fez, no Algarve, um treino com a oposição dos internacionais portugueses, vai querer ganhar a confiança colectiva necessária para se apresentar em França como candidata à vitória final.
O Itália-Roménia será o jogo menos interessante deste sábado uma vez que se tratam de duas equipa que não têm grandes perspectivas para a sua participação mundialista.
A França, confrontada com o grave problema que é a impossibilidade de utilizar Ntamack — o seu construtor e organizador de jogo e que percebe Dupont de olhos fechados — vai ter que aproveitar o jogo com fijianos para acertar agulhas com novo médio-de-abertura que, de entrada, será Antoine Astoy do campeão europeu La Rochelle com Mathieu Jallibert, o preferido pelos adeptos franceses, no banco. A curiosidade maior do jogo será ver de que tipo serão as alterações necessárias, quer em defesa, quer em ataque, que a equipa francesa realizará. Não esquecendo nunca que na abertura do Mundial dentro de 3 semanas terá como adversário os sempre candidatos AllBlacks.