sábado, 8 de outubro de 2011

O DOM DO PEDROTO

A inesperada vitória da França liquidou, felizmente, um fantasma: a possibilidade de repetição da final de 2007 entre a Inglaterra e a África do Sul. E embora não tivesse sido um jogo de grande qualidade – bastantes furos abaixo do Gales-Irlanda – o quinze francês melhorou alguma coisa e, principalmente, soube tirar o melhor partido dos erros e deficiências inglesas – má organização defensiva quer pelo uso de dois aberturas no meio-campo, quer pela preocupação de demasiada pressão defensiva de que resultou subidas defensivas demasiado rápidas e apressadas.

É, a-propósito, interessante notar que a subida demasiado rápida – se não for colectivamente objectiva e subordinada a plano táctico de recuperação da bola – só serve para auto-fixar os defensores (os atacantes capazes agradecem) e libertar mais espaço para o ataque. Para uma linha como a francesa a subida defensiva moderada e capaz de deslizar é, mesmo se cedendo algum espaço, a mais indicada - situação, aliás, aplicada posteriormente pelos defensores ingleses mas já com o desastre consumado.

Os erros defensivos ingleses foram tais e de tal ingenuidade - como é possível mudar de estratégia nuns quartos-de-final sem a experimentação adequada? - que rapidamente os franceses se viram na posição privilegiada de comando e não pude deixar de associar ao jogo o que conta o meu amigo João Mota sobre a resposta de José Maria Pedroto a impertinentes jornalistas depois de mais uma vitória sobre equipas inglesas: qual o meu dom? o meu dom é explorar sempre a estupidez das equipas inglesas.

Parece que os franceses terão ouvido sobre este dom do Zé do Boné...

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