quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

HERÓIS DO JOGO

No passado fim-de-semana dois heróis ressaltaram dos jogos. O irlandês - professor doutor de campos de rugby - Brian O' Driscoll e o francês Jacques Brunel, treinador da Itália. E Bardy - apesar do "amarelo" - e Penha e Costa - apesar de ter trocado uma negociação de um 2x1 por um inócuo pontapé - poderiam também fazer parte desta galeria, pelo que jogaram e fizeram jogar, se Portugal não tivesse perdido.

O irlandês BOD deu mais uma lição quer como centro - passes e placagens de grande nível, antecipações de grande conhecimento táctico, comando estratégico de influente capitão - quer como elemento da equipa ao passar para médio de formação, jogando reputações ou, como se gosta de dizer, "a sua imagem". O treinador francês veio demonstrar - embora neste campo também se deva lembrar o trabalho anterior desenvolvido por outro francês, Pierre Berbizier - as vantagens, a juntar aos conhecimentos técnicos e tácticos do jogo, o conhecimento da cultura das gentes e da adaptação da forma de jogar.

Se a vitória da Irlanda em Gales fez do sábado passado uma festa irlandesa - uma enorme tristeza para todos os apoiantes de Gales, entre os quais me incluo - imaginem o que terá sido no mundo "tiffosi" do rugby italiano. E houve muitas coisas que mudaram na "squadra". Começando pela saída de jogadores e continuar no novo lema italiano que se sentiu no estádio e que motivou espectadores e principalmente jogadores: "Siamo piú che compagni di squadra, siamo fratelli!" (somos mais do que companheiros de equipa, somos uma irmandade!). E viu-se no campo, na defesa e no ataque, no apoio permanente na capacidade de resistir ao assalto final do XV francês, como a transformação de uma equipa de quinze jogadores numa irmandade pode influenciar resultados neste desporto colectivo de combate que é o rugby.

De todos os jogos da primeira jornada do 6 Nações ressalta, por um lado, a expressão do valor estratégico da Linha da Vantagem e o entendimento das equipas para as consequências que implica a sua compreensão e uso táctico e, por outro, a noção clara de que a placagem, sendo necessária não é suficiente para garantir a eficácia da defesa. Factores a analisar em próximos posts.

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