sábado, 12 de novembro de 2016

PORTUGAL-BÉLGICA, UMA PREVISÃO


De acordo com o posicionamento no ranking da World Rugby e com o facto da percentagem de vitórias da época passada de cada uma das equipas ter sido realizada em níveis diferentes, o Portugal-Bélgica desta tarde em Setúbal tem todas as condições para ser um jogo equilibrado. A previsão - meramente matemática com base na pontuação do ranking - e que baliza um parametro de análise para se poder, pela diferença de pontos do resultado final, estabelecer o nível qualitativo - no Desporto de Rendimento é o resultado que conta - da prestação competitiva, prevê a vitória, pela vantagem de um ponto, dos visitantes belgas. O que significa que qualquer resultado negativo para Portugal será aceitável até à diferença de seis pontos - uma derrota por mais de seis pontos corresponderá a um mau resultado - e todo o resultado positivo será considerado como um bom resultado. Vencendo, Portugal subirá no ranking entre uma a duas posições, dependendo se a diferença entre marcados e sofridos for ou não inferior a 15 pontos de jogo.
Com uma equipa de jogadores experientes - 7 do CDUL, 4 do GD Direito, 1 do CDS Cascais a que se juntam 3 a jogar actualmente nos campeonatos franceses - e com um elevado somatório de internacionalizações, a selecção portuguesa, embora tendo o seu maior teste no 5-da-frente - principalmente nas formações ordenadas uma vez que Gonçalo Uva tem as qualidades necessárias para garantir as bolas nos seus alinhamentos e para atrapalhar as adversárias - apresenta as condições de coesão necessárias a um jogo colectivo capaz.
A eficácia das linhas atrasadas estará, naturalmente, dependente da rapidez de disponibilidade da bola nas formações expontâneas - rucks - factor que não teve a qualidade necessária na época passada mas que constitui a chave fundamental para a boa utilização da bola e para permitir um jogo próximo da linha da vantagem, possibilitando o ataque aos intervalos, nomeadamente na exploração das áreas tácticas conhecidas por maior fraqueza defensiva e a fixação defensiva para exploração do jogo ao largo.
Numa época exigente - por todas as razões, desde as desportivas às promocionais e comerciais - em que o rugby português terá que iniciar o caminho de volta ao espaço internacional que tem sido o seu, este jogo tem a vantagem de testar, em tempo útil, o posicionamento qualitativo quer da equipa quer dos jogadores e fornecerá elementos úteis para uma positiva continuidade da época desportiva.
Que seja um bom jogo e que nos mostre que está aberto um caminho de confiança.

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