quarta-feira, 30 de novembro de 2016

UMA OPORTUNIDADE


No primeiro jogo que fez com o então recém-chegado Brasil há três anos em S.Paulo, Portugal venceu por 68-0. Hoje o Brasil terá mais experiência e terá jogadores mais aptos para o nível internacional - provavelmente o facto dos Jogos Olímpicos do Rio 2016 terem voltado a ter Rugby, embora Sevens, terá tido influência na adesão à modalidade - pelo menos houve diversos programas escolares para dar a conhecer o jogo à juventude brasileira. E também o Brasil, como país anfitrião, esteve presente na prova olímpica e o entusiasmo dos familiares que conheci - principalmente das mães - era enorme, numa clara noção que os seus filhos tinham participado num momento histórico.
Mesmo com tudo isso Portugal é favorito - por mais experiente e com um passado mais habituado a estas andanças da competição internacional - e tem a obrigação de ganhar o jogo sem margem para dúvidas. 
O prognóstico possível através do ranking da World Rugby a que se acrescenta o índice diferenciador de grupos aponta para uma vitória de Portugal por 23 pontos. O que significa que um resultado entre 20 e 30 pontos de diferença pode ser considerado normal, um resultado superior a 30 pontos é um bom resultado e um inferior a 20 pontos começa a poder ser considerado como resultado fraco. Tudo isto baseado no ranking e no percurso que as equipas têm feito e na qualidade dos adversários defrontados.
Portugal tem 29% de vitórias - contra 18% do Brasil - mas, com excepção da comum Alemanha (o Brasil perdeu, há semanas, os dois jogos por 16-6 e 36-14), defrontou adversários mais qualificados. O que, depois, se traduz na razão da diferença prevista. Mas mesmo que Portugal ganhe pelo resultado previsto ou superior, não conseguirá ultrapassar os 58,99 da acumulação germânica que se encontra posicionada no lugar imediatamente superior (24º) aos portugueses.
Este Portugal-Brasil é uma excelente oportunidade para fixar e consolidar processos e garantir a confiança necessária para jogar de acordo com o que está na sua frente. Ser permanentemente reactiva, atacando pontos fracos e lançando os fortes, é o que se pede à equipa portuguesa num jogo em que a pressão é diminuta e apenas exige uma vitória capaz.
Nota: para tristeza dos nossos pecados - Pergunto aos deuses nos céus/ Todos me dizem que é só/Má fortuna e erros meus. - começa este fim‑de‑semana o World Rugby Sevens Series 2016-17 no Dubai e sem a presença portuguesa. Tenho pena!


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