domingo, 1 de abril de 2018

NOVA LEI EXPERIMENTAL

Na última reunião realizada durante esta última semana a World Rugby decidiu uma nova Lei experimental que, entrando em vigor no hemisfério Norte a 1 de Agosto de 2018 e no hemisfério Sul a 31 de Dezembro de 2018, terá a decisão final da sua aprovação a 20 de Junho de 2019.

A nova lei que, se aprovada, se juntará às excepções da Lei 11, Toque ou Passe para Diante e constituirá a sua alínea c) do ponto 5. define - em tradução livre - que:
"Não é considerado passe para diante quando a bola, lançada para um companheiro, é captada até à distância de um metro definido pela linha paralela às linhas de ensaio e que passa pelo ponto em que a bola foi inicialmente lançada."

As razões são pertinentes porque, considera a Comissão das Leis da World Rugby, tem havido um enorme aumento de formações-ordenadas com as consequentes paragens do jogo que isso comporta, quebrando ritmos e retirando interesse aos espectadores, uma vez que e como consequências das novas leis referentes ao ruck, as defesas têm à disposição da sua acção um maior número de defensores do que os seus adversários dispõem como atacantes. O que obriga os jogadores, para tentarem ultrapassar esta situação de vantagem defensiva e em que os jogadores são obrigados, cada vez mais, a realizar passes em contacto, a recorrer à técnica do off-load - passe-em-carga - na tentativa de conseguir lançar um companheiro no curto intervalo existente. Ora e de acordo com as estatísticas estabelecidas desde o início da introdução da nova lei do ruck esta situação - de passe-em-carga e recepção em terrenos apertados - tem provocado demasiados passes-para-diante puníveis, como se sabe, com formações ordenadas. 

Para evitar aquilo que consideram um exagero, a World Rugby pretende experimentar a possibilidade de um passe ser realizado até um metro para a frente. Situação que, se exige dos árbitros uma maior atenção - ver-se-á, nomeadamente nos campos portugueses, os espectadores a gritar cada vez mais por "ávant" - tem a óbvia vantagem de garantir uma superior continuidade de jogo, tornando-o mais fluído e aumentando a capacidade atacante das equipas.

Esta nova experiência, no fundo e ao que se espera, permitirá a marcação de mais ensaios que é o que pretendem os espectadores na sua ida aos estádios.  

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