segunda-feira, 5 de novembro de 2018

JANELA INTERNACIONAL DE NOVEMBRO. RESULTADOS 1º JORNADA

O resultado exacto da pontuação da África do Sul é, actualmente, de 83,036 que, arredondado, se traduz em 83,04. No entanto a World Rugby na sua tabela inscreve o resultado para os sul-africanos como 83,03
De acordo com as previsões quer do XVcontraXV quer do RugbyVision, o resultado mais inesperado do primeiro fim-de-semana da janela internacional de Novembro, foi a vitória da Inglaterra pela diferença de um ponto. Embora se reconheça que a rodagem da Inglaterra é muito inferior à da África do Sul — que não pode contar com o seu dinâmico médio-de-formação Faf de Klerk — seria expectável que o favoritismo da Inglaterra se traduzisse numa maior diferença de pontos — entre 9 e 10 pontos como se previra. Num jogo bastante desinteressante e onde a colisão imperou sobre a manobra, viu-se pouco das promessas de Eddie Jones e as suas linhas atrasadas - com um par de centros mais preparados para o combate do que para a criação problemas defensivos aos adversários — deixaram muito a desejar. O próprio Owen, no seu habitual lugar de abertura, mostrou grandes dificuldades com a pressão a que foi sujeito. Ou seja, o meio-campo inglês não mostrou nada que se visse...
O facto é que a África do Sul, não fossem os erros inexplicáveis do seu talonador Malcolm Max, normalmente referido como de grande categoria e, aliás, nomeado, juntamente com o ausente Faf de Klerk para Jogador do Ano, poderia ter vencido o jogo. Não lhe faltaram oportunidades mas os erros de lançamento de Max nos alinhamentos próximos da área inglesa, impediram a mais do que esperada marcação de ensaios através dos mauls penetrantes para os quais o pack inglês não mostrava possuir soluções. Sorte final dos ingleses que poderiam ter iniciado a época internacional que prepara o próximo Mundial, com uma derrota...
O jogo Gales-Escócia também não foi muito interessante e foi preciso esperar 47 minutos para que a criatividade colectiva das linhas atrasadas comandadas por Gareth Anscombe que tem feito uma excelente época nos Cardiff Blues e onde alinham Jonathan Davies (o melhor jogador da última digressão dos Lions) e George North, mostrasse a sua eficácia. E um bom bocado mais para ver uma excelente combinação dos irmãos George e Peter Horne com o formação a explorar ao pé o espaço vazio da área de ensaio e que, por pouco, não permitiu aos escoceses reduzir para 21-17 e mostrar uma diferença mais consentânea com o jogo desenvolvido.
No fundo, dois jogos muito ainda princípio de época internacional...
Nos restantes, a Nova Zelândia, apesar das diversas experiências realizadas — apresentou oito estreantes — não deu qualquer hipótese ao Japão que, no entanto conseguiu marcar 5 ensaios (!!!) aos All-Blacks com uma posse e ocupação territorial de 47%. Interessante para quem tem a responsabilidade de organizar o próximo Mundial. No jogo de Dublin a Irlanda, com uma diferença de 47 pontos, fez o esperado e não permitiu quaisquer veleidades à Itália.
Para se ter uma ideia da qualidade do rugby neozelandês refira-se que apresentaram a sua equipa dos Maoris, também em digressão, que venceram, sem apelo nem agravo e por 59-22, a selecção dos Estados Unidos, 15ª classificada mundial do ranking da World Rugby. Refira-se também que as Black Ferns, equipa feminina representativa da Nova Zelândia e de que faz parte a Leilani Perese que já jogou pelo Sporting (clique aqui), jogou contra a selecção feminina dos Estados Unidos e venceu por 67-6. 
... uma clara demonstração da qualidade da formação e da importância que o jogo de rugby tem para a sociedade neozelandesa.
A janela de Novembro continua no próximo fim-de-semana com um Inglaterra-Nova Zelândia, um Gales-Austrália, um França-África do Sul, um Irlanda-Argentina e um Itália-Geórgia que tem, este último, o aliciante de eventual demonstração das razões georgianas para assentar junto aos melhores europeus. 

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