terça-feira, 16 de julho de 2019

GRÃ-BRETANHA GARANTE LUGAR NOS JOGOS OLÍMPICOS

A Grã-Betanha, medalha de prata nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, será, pela vitória da Inglaterra no Torneio Europeu de Qualificação Olímpica, o representante da Europa nos Jogos Olímpicos de Tóquio em 2020. A França e a Irlanda foram as equipas apuradas para a prova de repescagem que se disputará em Junho do próximo ano. Tudo normal, portanto.

Tudo normal excepto a violação dos princípios desportivos cometida pela Rugby Europe nas regras que definiu para acesso ao Torneio de Qualificação Olímpica de sua responsabilidade. O Desporto de Rendimento, com as suas dimensões de resultado e superação sempre presentes, exige o máximo de equilíbrio possível entre os competidores. Por isso existem as diversas categorias com o objectivo de garantir que as equipas presentes em cada uma das competições estão, do ponto de vista de capacidades competitivas, tão próximas quanto possível umas das outras. Proporcionando assim competições sem vencedores antecipados ou derrotados permanentes. Havendo sempre a possibilidade de troca entre a pior equipa da divisão superior e a melhor da divisão imediatamente inferior.
Tabela final da classificação da Qualificação Olímpica europeia
Mas aderindo ao populismo da moda e, repete-se, violando os princípios elementares que definem o Deporto de Rendimento, a Rugby Europe decidiu que só se apurariam nove equipas das doze que constituem a sua I Divisão (Rugby Europe Sevens Grand Prix), juntando duas equipas — Lituânia e Ucrânia —  da II Divisão (Rugby Europe Sevens Trophy) e uma terceira — Hungria — da III Divisão (Rugby Europe Sevens Conference). Ou seja: qualificaram-se equipas sem o valor desportivo de outras que ficaram de fora como a Polónia e a Roménia, estabelecendo-se um óbvio desequilíbrio — a Lituânia marcou 9 ensaios (metade do conseguido pela Rússia que se qualificou em 9º lugar), a Ucrânia marcou 7 e a Hungria 3... O que faz logo do sorteio uma situação de desigualdade!

A selecção de Portugal, apesar do fraco primeiro dia, tirou o melhor partido destes desequilíbrios e, vencendo por 47-0 a Hungria, conseguiu, apesar das duas derrotas contra a Itália (!) e a França, classificar-se como melhor 3º lugar e apurar-se para os quartos-de-final da Cup. Aí, num belo jogo, conseguiu, ao vencer a Espanha — que fez um World Series de boa qualidade — atingir a meia-final e garantir, no mínimo, a disputa do 3º/4º lugar para apuramento para a Repescagem Olímpica.


Com um jogo mais verticalizado do que habitualmente mas continuando a circular a bola muito longe da linha de vantagem — o que permite um fácil “deslizar” defensivo com a consequente eliminação da superioridade numérica anteriormente conseguida — o sevens português, com o seu 4º lugar na classificação final, mostra-se preparado para conseguir a qualificação necessária na próxima etapa do europeu Grand Prix Series 
— embora tendo que, imperativamente, ultrapassar os 6 pontos de diferença de classificação para a Alemanha — para ser convidado para os Sevens de Londres e Paris da próxima época. E se assim for, classificando-se simultaneamente para Hong Kong, o primeiro objectivo de encontrar condições para retornar ao World Series ficará atingido

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