domingo, 29 de novembro de 2020
PORTUGAL NO 20º LUGAR DO RANKING
sábado, 28 de novembro de 2020
PORTUGAL DE NOVO FAVORITO
Neste segundo jogo contra o Brasil, Portugal parte de novo como favorito e a diferença pontual, de acordo com o posicionamento no ranking, situa-se nos 14 pontos. Um ponto menos do que Portugal precisa — diferença de 15 pontos de jogo — para atingir os 62,44 pontos de ranking e assim, ultrapassando a Rússia (62,12), colocar-se no 20º lugar.
Situação nada impossível desde que a equipa portuguesa não se deixe iludir por facilidades que os 20 pontos de diferença de sábado passado podem parecer mostrar. Trata-se de um outro e novo jogo e os brasileiros vão querer apagar a má imagem deixada e a sua adaptação — dizem-se habituados à relva artificial e que terão tido dificuldades inesperadas com o piso — à relva natural que dizem já ser total, dar-lhes-à, pelo menos, um acrescento de moral. Que poderá terminar se os portugueses entrarem determinados e, explorando as fragilidades defensivas que os brasileiros mostram, cedo se adiantem no marcador. E não dando tréguas, verão os adversários tornarem-se cada vez mais impotentes à medida que o tempo passar.
De facto o Brasil mostrou incapacidades que não serão tornadas características positivas de um dia para o outro. Habituados que estão ao jogo dos tempos de outrora do choca-apanha e segue-choca e parecendo mais preocupados em contar fases do jogo do que em desequilibrar a defesa sem ser pela força — copiando muitas equipas que não têm capacidades de movimento adaptado ao movimento da bola e ao posicionamento dos adversários — a equipa brasileira terá, de novo, grandes dificuldades para tapar intervalos e segurar as nossas linhas.
Ganhar é o que se espera — e se conseguirmos ultrapassar a Rússia no ranking, melhor.
domingo, 22 de novembro de 2020
PORTUGAL DE MOVIMENTO
Portugal cumprir bem a sua obrigação de favorito, ampliando para 20 os previsíveis 11 pontos de diferença.
De certa maneira fui surpreendido pelo nível assim-assim da equipa brasileira que se desculpou por não ter conseguido adaptar-se ao jogo corrido dos portugueses. Que vinham de jogos de confronto frontal e que o ter que ir atrás da bola lhes deu cabo das pernas, justificou o capitão brasileiro... Livraram-se de boa... porque se os chutadores portugueses, Portela e Lucas, tivessem acertado os pés, então, o resultado seria enorme.
Mas o que a equipa portuguesa fez chegou em termos de rendimento, ao garantir a vitória por uma diferença superior a 15 pontos, conquistando assim os pontos de ranking multiplicados pelo factor-prémio de 1,5 - se Portugal conseguir no próximo sábado um resultado idêntico, ultrapassará a Rússia no ranking da World Rugby.
O que achei mais interessante no jogo da selecção portuguesa foi a sua aproximação ao rugby de movimento - onde é o movimento da bola que comanda o movimento dos jogadores. Foi bom ver a preocupação do portador ou transportador da bola em garantir a entrega da bola a companheiros em vez de - como se vê sistemáticamente no campeonato nacional - ir para o chão. E foi mostra dessa preocupação diversos passes já realizados do chão para um companheiro que, em apoio adequado, aparecia para receber a bola. E melhor acertado este aspecto que virá com o tempo porque parece ser componente do modelo-de-jogo Lagisquet, homem do rugby-de-movimento, a equipa portuguesa, pode atingir uma dimensão competitiva muito interessante.
Aguardemos pelo jogo de sábado para uma certeza maior sobre a absorção do sistema.
sábado, 21 de novembro de 2020
PORTUGAL VOLTA AOS JOGOS INTERNACIONAIS
Se não fosse a estória da pandemia e, como consequência, uns jogos internos que nem sempre têm a intensidade aproximada ao nível internacional, Portugal — jogando em casa — partia para o jogo de amanhã (que veremos como se o jogo fosse no estrangeiro) como favorito.
A diferença do posicionamento no ranking permite prever uma vitória por 11 pontos de diferença. Veremos. Mas o propósito — e também a obrigação — é de chegar à vitória.
segunda-feira, 16 de novembro de 2020
ARGENTINA CONSEGUE O SEU MELHOR RESULTADO DE SEMPRE
Demonstrando uma notável capacidade de manter a dinâmica da sua organização quando não tinha a posse da bola, conseguiu assim criar uma teia da qual os jogadores neozelandeses não conseguiram libertar-se apesar de terem marcado 2 ensaios contra apenas um argentino. O excesso de faltas cometidas (13), pouco usual nesta equipa, fez a diferença no resultado com a conversão de 6 penalidades pelo abertura Nicolas Sanchez que, aliás e num seu dia memorável, marcou todos os pontos argentinos. Por outro lado e para além da evidente indisciplina de alguns dos allblacks, pareceu sempre que havia um enorme desfasamento na interpretação das Leis de Jogo entre os jogadores neozelandeses e o árbitro, o australiano Angus Gardener. Porque foram faltas a mais numa equipa que tem no padrão disciplina uma constante. O actual responsável, Ian Foster, que viu a sua nomeação contestada por muitos sectores, nomeadamente por internacionais e pelo antigo campeão mundial, Graham Henry, que disso deu pública nota, tem, após estas duas derrotas consecutivas — a última sequência, derrota com a África do Sul e depois com a Austrália, deu-se em Agosto de 2011 — a porta da oportunidade cada vez mais reduzida. O próximo jogo, daqui a 15 dias e de novo contra a Argentina, abrirá perspectivas.
A notável capacidade defensiva demonstrada e, acima de tudo e como mostra o vídeo, a vontade e determinação individual e colectiva para garantir a qualidade do treino, são os factores que garantiram a vitória. Extraordinário!
Os restantes resultados foram os previsíveis com Gales a continuar a mostrar-se longe das capacidades que demonstrou na época anterior, a final de Warren Gatland e Shaun Williams. O actual responsável e também neozelandês Wayne Pivac considera que se trata do resultado da necessária transição de um processo com dez anos para um novo processo que, avisa, será para continuar a desenvolver. E tanto quando nos é dado perceber e embora já tenha rescindido do treinador da defesa Byron Hayward, teremos que esperar até ao próximo 6 Nações para ver a transformação — mas os seus conceitos resultaram muito bem com os Scarlets. Estarão as dificuldades de todo o género que a pandemia trouxe a um país que está muito longe de ser rico, a impedir os jogadores galeses de actuarem ao nível que é o seu?sexta-feira, 13 de novembro de 2020
INÍCIO DA TAÇA DO OUTONO DAS NAÇÕES
A Nova Zelândia não deverá ter qualquer dificuldade em vencer uma Argentina que se apresenta sem a rodagem necessária para enfrentar equipas de tão alto nível como são os AllBlacks. Apesar das fracas prestações conseguidas neste tempos de pandemia, Gales poderá proporcionar — e espera-se que o faça — com os irlandeses, o jogo mais equilibrado da jornada. Os outros, facilmente se admite, são de vencedores antecipados.
Em princípio, com excepção do Itália-Escócia que os escoceses ganharão, as equipas da casa sairão vencedoras. Como maior curiosidade o comportamento dos georgianos frente à Inglaterra - será que nos convencerão que deveriam estar no 6 Nações, seja pela descida da Itália, seja pela ampliação para sete equipas.
Estas previsões, feitas com base nos pontos de ranking da World Rugby, balizam a diferença do que poderá ser considerado um resultado normal. Pela diferente diferença, passe o pleonasmo, obtida se pode perceber a qualidade do resultado: Bom se diminui a diferença, mau se aumenta a diferença prevista, permitindo ainda gradualizar de acordo com o jogo dos números.
quarta-feira, 11 de novembro de 2020
VISÃO DA DIVISÃO DE HONRA A 4 JOGOS DO FIM
O Direito já se encontra apurado para o Grupo do Título e as quatro equipas sem qualquer ponto conseguido não escaparão ao Grupo da Descida. |
15 jogos com diferença superior a 16 pontos de jogo e apenas 2 jogos com Bónus defensivo |
|
terça-feira, 10 de novembro de 2020
PREVISÕES CONTRARIADAS
A vitória, depois de copiosa derrota na semana passada, da Austrália sobre a Nova Zelândia (24-22) ficou, acima de tudo, marcada pela boa utilização, pelo árbitro, o australiano Nic Barry ,do protocolo (ver ponto 2 da figura acima) imposto pela World Rugby sobre as placagens altas e os contactos de ombro com o pescoço ou cabeça. Não há qualquer margem para dúvidas sobre a perigosidade da acção dos dois jogadores — um neozelandês e outro australiano — que foram expulsos: a cabeçada foi violenta e atingiu a cabeça do adversário. E o jogador australiano, Rob Simmons, já foi castigado em 4 semanas o que significa — porque a contagem não é, ao contrário do que erradamente se faz por cá, directa — que estará de castigo até 6 de Fevereiro de 2021...
E apesar de antigos jogadores internacionais, australianos e neozelandeses, se manifestarem contra os “cartões vermelhos” que estragam, dizem, o jogo ao reduzir o número total de jogadores em campo, não terão quaisquer razões para tal uma vez que o defeito é dos jogadores defensores que entram demasiado alto e que têm que aprender a defender mais baixo. Ou seja: o defeito não é do protocolo criado que está bem feito, mas sim do facto de alguns jogadores não se conseguirem adaptar às exigências.
A defesa da saúde dos jogadores tem que estar em primeiro lugar, seja por razões da pandemia, seja por razões de expressão de violência e as placagens que atingem a cabeça dos adversários são muito perigosas — basta relembrar os maus resultados existentes no futebol americano cujos jogadores, mesmo com uso de capacetes, têm mostrados, passados anos, graves problemas. E este protocolo constitui um aviso para jogadores e treinadores que têm que encarar a colisão e a placagem de uma outra forma. O jogo tem que continuar a ser de combate mas com a segurança necessária para poder continuar a ser jogado.
O jogo em si foi bom de ver e os australianos, com a troca do jovem abertura Noah Lolesio pelo muito mais experiente Reece Hodge, mostraram-se uma equipa muito mais capaz, utilizando uma defesa muito agressiva — tão agressiva que, muitas vezes e pese o pouco rigor aqui demonstrado pelo árbitro, se deslocaram em fora-de-jogo cortando espaço e tempo e obrigando os allblacks a jogar longe da linha de vantagem (esta questão do fora-de-jogo constitui um problema nos jogos de rugby que se mostra demasiado constante e a que muitos árbitros se mostram alheios e que impede o desenvolvimento da continuidade do jogo, levando a demasiadas paragens de jogo no chão e diminuindo a sua espectacularidade.
Por seu lado os neozelandeses, que cometeram erros que não lhes são habituais — para além de não terem utilizado aquele que é, mesmo com o notável jovem francês Dupond, muito provavelmente o melhor formação do mundo, Aaron Smith —tiveram nos irmãos Barret a pior demonstração dos seus últimos jogos - o mais velho, Beauden, teve um jogo ao pé de grande ineficácia entregando, por sistema, a bola; Scott numa desconcentração imperdoável, apanhou um cartão amarelo e colocou a sua equipa a jogar em inferioridade numérica; o mais jovem, Jordie, esteve longe do seu habitual, mal no ar e mal na escolha das linhas de corrida. Mas no fundo, no fundo o que tornou o jogo allblack mais ineficaz foi a velocidade da entrega da bola nas transformações de jogo agrupado para o jogo ao largo. E essa falta de velocidade deu aos australianos o espaço e tempo de que precisavam.
sexta-feira, 6 de novembro de 2020
DE NOVO AUSTRÁLIA-NOVA ZELÂNDIA
Tendo em atenção as previsões para estes dois jogos e lembrando a diferença de pontos nos jogos anteriores ambos, como agora, em casa dos derrotados, poderemos perceber a elevada qualidade dos resultados conseguidos.
Para australianos esta é a última possibilidade de, neste ano 2020, de mostrar que estão ao nível dos seus adversários. No entanto, para que isso possa acontecer é necessário, num apenas uma de umas, que ou os neozelandeses joguem muito abaixo das suas possibilidades ou, os australianos tenham, durante esta semana de treinos, conseguido modificar substancialmente a sua forma de jogar. Bem sei que mudaram de abertura, trocando o muito jovem e inexperiente, Noah Lolesio, pelo mais maduro e experiente Reece Hodges. Seja como for e seja qual for a forma como se apresentem os australianos o jogo, a transmitir pela SportTv pelas 8:45 da manhã deste sábado, será sempre uma demonstração estratégica de subordinação aos Princípios Fundamentais do Jogo através de uma expressão técnica do maior nível. A não perder portanto.
Em Montevideu a Espanha, depois de ter derrotado há 8 dias o Uruguai por 32-20 — subindo assim do 18º lugar do ranking World Rugby para o 16º — volta, de novo e com o objectivo de garantir a preparação necessária para as classificações para o Mundial de 2023, a defrontar uruguaios. A previsão — que tem por base os pontos actuais do ranking — concede a vitória uruguaia pelaa ligeiríssima diferença de 1 ponto de jogo. O que significa que a vitória pode cair para qualquer dos lados e, dado o resultado obtido anteriormente pelos espanhóis, acreditar na sua vitória não será um acto de fé desesperado. É bem possível que assim seja.
domingo, 1 de novembro de 2020
BLEDISLOE PARA NEOZELANDESES E 6 NAÇÕES PARA INGLESES
Os AllBlacks venceram a Bledisloe Cup, agora já inserida no Tri-Nations, com mais uma convincente e muito agradável exibição. Marcando 6 ensaios para além dos que não foram considerados pela arbitragem - muito duvidosa a decisão do árbitro, o neozelandês Ben O'Keeffe, e do vídeo-árbitro, o australiano Angus Gardner, sobre o ensaio do talonador allblack Dane Coles — demonstraram, mais uma vez, que o objectivo do jogo que defendem é a marcação de ensaios. A sua notável capacidade de garantir vantagem no jogo no chão bem como a capacidade de jogar "em cima" da linha-de-vantagem fazem desta equipa um portento espectacular de eficácia, baseando toda a sua forma de jogar e para além da técnica - todos "tratam a bola por tu" — numa notável cultura táctica individual que permite a melhor leitura para a mais eficaz organização colectiva. E assim não têm qualquer problema de garantir o apoio - alternando entre o losango e o W para garantir a continuidade do jogo — e, se parados, realizando a "limpeza da vitrina" em tempo útil para conseguir uma bola suficientemente rápida para que a defesa adversária não tenha tempo de reorganização. No fundo uma clara demonstração da superioridade do seu processo de formação — vale a pena ver, estudar, perceber e aplicar os métodos utilizados no país da grande nuvem branca. Provam melhor do que os outros! Copie-se!
Tabela final do 6 Nações |
Se do outro lado do mundo continua o Tri-Nations com novo Austrália-Nova Zelândia já no próximo fim‑de‑semana, na Europa teremos que aguardar mais quinze dias para o início do Autumn Nations Cup que, para além dos habituais das 6 Nações, contará ainda com a presença da Geórgia e Fiji. Apesar da crise pandémica, rugby - ao nível profissional uma vez que as competições amadoras estão tendencialmente a ser adiadas - não vai faltar.
Arquivo do blogue
-
▼
2020
(75)
-
▼
novembro
(11)
- PORTUGAL NO 20º LUGAR DO RANKING
- ALLBLACKS HOMENAGEIAM MARADONA
- PORTUGAL DE NOVO FAVORITO
- PORTUGAL DE MOVIMENTO
- PORTUGAL VOLTA AOS JOGOS INTERNACIONAIS
- ARGENTINA CONSEGUE O SEU MELHOR RESULTADO DE SEMPRE
- INÍCIO DA TAÇA DO OUTONO DAS NAÇÕES
- VISÃO DA DIVISÃO DE HONRA A 4 JOGOS DO FIM
- PREVISÕES CONTRARIADAS
- DE NOVO AUSTRÁLIA-NOVA ZELÂNDIA
- BLEDISLOE PARA NEOZELANDESES E 6 NAÇÕES PARA INGLESES
-
▼
novembro
(11)