Neste segundo jogo contra o Brasil, Portugal parte de novo como favorito e a diferença pontual, de acordo com o posicionamento no ranking, situa-se nos 14 pontos. Um ponto menos do que Portugal precisa — diferença de 15 pontos de jogo — para atingir os 62,44 pontos de ranking e assim, ultrapassando a Rússia (62,12), colocar-se no 20º lugar.
Situação nada impossível desde que a equipa portuguesa não se deixe iludir por facilidades que os 20 pontos de diferença de sábado passado podem parecer mostrar. Trata-se de um outro e novo jogo e os brasileiros vão querer apagar a má imagem deixada e a sua adaptação — dizem-se habituados à relva artificial e que terão tido dificuldades inesperadas com o piso — à relva natural que dizem já ser total, dar-lhes-à, pelo menos, um acrescento de moral. Que poderá terminar se os portugueses entrarem determinados e, explorando as fragilidades defensivas que os brasileiros mostram, cedo se adiantem no marcador. E não dando tréguas, verão os adversários tornarem-se cada vez mais impotentes à medida que o tempo passar.
De facto o Brasil mostrou incapacidades que não serão tornadas características positivas de um dia para o outro. Habituados que estão ao jogo dos tempos de outrora do choca-apanha e segue-choca e parecendo mais preocupados em contar fases do jogo do que em desequilibrar a defesa sem ser pela força — copiando muitas equipas que não têm capacidades de movimento adaptado ao movimento da bola e ao posicionamento dos adversários — a equipa brasileira terá, de novo, grandes dificuldades para tapar intervalos e segurar as nossas linhas.
Ganhar é o que se espera — e se conseguirmos ultrapassar a Rússia no ranking, melhor.