quarta-feira, 15 de fevereiro de 2023

FOI MESMO UM GRANDE JOGO

Como aconteceu na Super Cup onde os Lusitanos ficaram colocados no Grupo competitivamente mais fraco — com um fraquíssimo índice competitivo em relação ao outro grupo — também Portugal, nesta invenção muito pouco competitiva que a Rugby Europe criou, aconteceu o mesmo: os nossos adversários, exceptuando a Roménia, não têm qualidades para participar neste quadro de duas equipas nos primeiros vinte lugares do ranking. E são tão fracos que em dois jogos, sofreram 38 ensaios — a Polónia, 22 e a Bélgica, 16. No outro grupo, o Grupo A, pelo menos, para além da Geórgia e Espanha, estão também os Países Baixos que se mostram um pouo mais competitivos, sofrendo 9 ensaios. Repare-se que as quatro melhores equipas sofreram uma média de 3 ensaios — o que ilustra cabalmente o desequilíbrio e demonstra que o limite dos limites para este torneio deveriam ser 6 equipas. Porque o torneio assim organizado, obriga a duas jornadas de passeio sem qualquer interesse competitivo — e não vale apena argumentar que assim são permitidas experiências e novas utilizações porque nenhuma delas serve para coida alguma. No Desporto, para que os jogos possam servir de medida, é obrigatório que haja um mínimo de equilíbrio. E quando não há, é tempo perdido. Como foram estas duas primeiras jornadas… que só existem quando se deixa vingar uma mania habitual — que é a jogar com os mais fortes que se aprende. Não é!…ou só se fôr para aprender a contar.

 

No Seis Nações a conversa é naturalmente outra. Mesmo se num ou outro jogo a diferença de resultado fôr grande — como aconteceu no Escócia-Gales — mas, mesmo com essa diferença os escoceses foram obrigados a dar o seu melhor e a mostrar-se como potenciais candidatos à vitória final no torneio.


O jogo Irlanda-França foi notável com os seus 46 minutos de tempo efectivo de jogo (tempo em que a bola pode ser disputada). Com 5 ensaios (4 da Irlanda) e uma intensidade notável correspondeu absolutamente às expectativas de disputa entre os dois primeiros classificados no ranking mundial. E meteu mesmo polémica sobre as decisões arbitrais de Wayne Barnes: o cartão “amarelo” para o pilar francês Uini Atonio (que bem podia ter sido “vermelho”…) e o ensaio de James Lowe (excelente movimento colectivo para um movimento final espectacular). Vale que os próprios franceses — membros da equipa e jornalistas especializados — não consideram que a derrota se deva ao árbitro — que, diga-se, não viu, por não lhe ter sido mostrada, a única imagem que, no caso, poderia levantar dúvidas — mas que aconteceu porque a equipa irlandesa se mostrou superior nos dómínios táctico-estratégicos. 
A equipa de Gales mostrou-se de novo muito abaixo do seu normal mas a explicação deste mau momento chegou: problemas de garantias de contratos com desconhecimento do futuro, coloando a cabeça dos jogadores muito fora do campo de jogo.. E a federação galesa, depois dos problemas que mostrou e que levaram à saída do presidente, mostra um outro tipo de dificuldades que levarão o seu tempo a resolver…e o Mundial está aí a 8 meses de distância…

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