O treinador dos sul-africanos campeões do mundo,Peter de Villers, diz assim: se os árbitros nos pudessem explicar claramente o que está errado nas nossas formações ordenadas, nós poderíamos trabalhar esse sector e encontrar soluções. Mas se não nos explicarem, nós não saberemos o que fazer.
O treinador all-black,Graham Henry, acrescenta: penso que é preciso reflectir sobre a questão da formação ordenada. Não sabemos exactamente o que é ou não permitido e isto vai de mal a pior.
Jogadores, árbitros e treinadores – e o público em geral, naturalmente - não se entendem sobre as formações ordenadas e sentem-se sujeitos a uma espécie de lotaria que está a inquinar o jogo e o seu espírito. O que é grave e deve levar à exigência de soluções que permitam a construção do resultado de acordo com as capacidades demonstradas pelas equipas e não pela interpretação quase aleatória do árbitro. Algo parece estar mal nesta área do jogo mas um membro do comité executivo da IRB, Mike Miller – sem qualificações técnicas que o permitam – vem dizer ao mundo que está tudo bem e que nada há de errado no jogo.
É o mesmo problema de sempre: alguém sem qualificação fala e rege sobre o que não sabe. O sr. Miller não foge à regra e a IRB, feita máquina financeira, esconde-se numas vagas e lentas preocupações sobre o assunto. Tudo aparenta o melhor dos mundos e as necessárias alterações só vão aparecer quando o jogo estiver já deteriorado. Até lá serão as quedas, possíveis lesões, tempo perdido, espectáculo sem ritmo, maior desinteresse e...maior dificuldade em encontrar jovens disponíveis para a 1ª linha
E a questão resolve-se com uma mera, simples e fácil pergunta: quem é que sabe do que fala? Jogadores, treinadores, árbitros ou o burocrata da IRB? A escolha, de tão óbvia, não oferece dúvidas. Então porque não se calam os burocratas, ouvem o que têm que ouvir e recolhem – sem sofismas ou rodeios - as regras em concordância?
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
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