segunda-feira, 28 de março de 2011

BOLA VIVA!

Os neozelandeses dos Crusaders jogaram – e venceram 44-28 – os sul-africanos dos Sharks em jogo do Super15 realizado em Twickenham.

Para além da excelência do jogo, aquilo que me impressionou mais nos Crusaders foi a capacidade demonstrada de manter a bola viva em todas as fases de jogo, principalmente através de:
  • forma de transporte da bola: em duas mãos e sempre com a intenção de a poder passar;
  • técnica de passe desenvolvida no sentido de garantir a entrega da bola – seja qual for a forma do gesto empregue – a um companheiro mais bem colocado e capaz de melhor utilizar a bola para continuar a ampliar o movimento;
  • posição do corpo no contacto com prevalência de libertação rápida da bola;
  • apoio e linhas de corrida convergentes o que permite a confiança necessária a correr os riscos que vençam a defesa – completado com procurar o apoio sempre que em apertos;
  • boa e rápida leitura com correcta tomada de decisões tácticas e técnicas;
  • a constante disponibilidade do três-de-trás para, comportando-se como jokers imprevisíveis, acrescentar valor aos movimentos atacantes da equipa.  
Sendo estes jogos que nos fornecem as pistas necessárias para construir o futuro do rugby português, deveríamos pensar nesta panóplia da cultura técnica e táctica do jogo e que prefigura o que temos que realizar nos programas de formação dos nossos jogadores.

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