Jogamos mal, abaixo das nossas capacidades? A causa da derrota – a que o ponto de diferença dá travo amargo quase sem sentido – esteve num dia mau que percorreu corpos e almas dos jogadores portugueses ou, pura e simplesmente, pelo nível superior de pressão sobre o espaço e o tempo em que nos vimos envolvidos a derrota significou o cume do Princípio de Peter que o nosso posicionamento impõe? Só acidente ou mais limite de Peter?
O facto de não conseguirmos o ganho territorial suficiente, o facto de não mostrarmos capacidade ofensiva fazendo da linha-de-vantagem uma miragem, o facto de termos passado – com excepção do minuto final em que soubemos, embora longe, ir buscar uma falta – oitenta minutos de espera por qualquer acontecimento que desse a volta ao resultado e que nos segurasse na nervoseira do adversário, aconteceu assim por se tratar de um dia colectivamente mau ou porque o nível a que tínhamos de jogar é superior aos hábitos e fundamentos do jogo em que nos movemos? Tão suficientemente superior que nos inibe?
O facto de não conseguirmos o ganho territorial suficiente, o facto de não mostrarmos capacidade ofensiva fazendo da linha-de-vantagem uma miragem, o facto de termos passado – com excepção do minuto final em que soubemos, embora longe, ir buscar uma falta – oitenta minutos de espera por qualquer acontecimento que desse a volta ao resultado e que nos segurasse na nervoseira do adversário, aconteceu assim por se tratar de um dia colectivamente mau ou porque o nível a que tínhamos de jogar é superior aos hábitos e fundamentos do jogo em que nos movemos? Tão suficientemente superior que nos inibe?
Porque, convenhamos, a Geórgia não jogou nada de especial. Foi, como 15ª mundial, trivial. Derrotável.
O jogo Portugal-Geórgia - as derrotas ensinam mais do que as vitórias - deve fazer pensar o rugby português: na sua competição interna, na formação técnica e táctica dos seus jogadores, na preparação que pretendemos para aqueles que, internacionalmente, nos representam; nos caminhos que devamos percorrer para alcançar o lugar que, diz-se, pretendemos conseguir. Está chegada a hora – a 4 anos do próximo Mundial.