sexta-feira, 30 de novembro de 2012

SEVEN7 EM GRANDE!

Excelente Se7e de Portugal no Dubai com duas grandes vitórias - África do Sul e Inglaterra - e um rés-vés contra Samoa. De duas coisas gostei muito: do excelente comportamento dos jovens - o gosto pelo risco com controlo táctico inteligente dá uma dimensão competitiva superior ao grupo - e do cumprimento (muito pouco habitual na variante) dos Princípios Fundamentais do jogo: avançar, apoio, continuidade e pressão.

De facto o Se7e português avançou sempre - a "táctica de espera" terá ficado na Portela - quer em ataque, quer em defesa, com o apoio bem organizado a permitir uma continuidade - atacante e defensiva - que cria a pressão suficiente para impedir a reorganização da defesa adversária. A capacidade permanente de atacar os intervalos pelos jovens recém-chegados - Vareta (se não houver deslumbramentos estaremos na presença do futuro 10 do XV nacional) foi um constante exemplo dessa procura do intervalo para colocar enormes dificuldades à defesa adversária - abre novas perspectivas para as dificuldades competitivas que o Se7e português terá de defrontar neste caminho de Olimpíadas do Rio como pano de fundo.

A melhoria táctica e técnica também é evidente e o excelente passe-em-carga (off-load) de Pedro Bettencourt -  a fazer justiça ao nome rugbístico da família - para o ensaio final contra a África do Sul é demonstrativa desse progresso. Ressalte-se ainda o aparente discreto trabalho de Francisco Vieira de Almeida - presente sempre que preciso, capaz de tomar decisões que pesam nas sequências do jogo, mostra-se um verdadeiro e importante jogador de equipa. Depois ainda o peso da experiência de Pedro Leal (apesar do susto que pregou no último segundo do jogo com a Inglaterra) e de Gonçalo Foro enquadra muito bem este grupo de "miúdos" que Frederico de Sousa está - pelo que se vê - a trabalhar muito bem.

O acesso à Cup - taça principal - conseguido é um boa ressalva para uma medíocre participação no torneio anterior de Gold Coast (Austrália) e um bom presságio para uma época de grande dificuldade competitiva. A confiança é sempre boa conselheira.

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