sábado, 3 de fevereiro de 2018

COMEÇA O 6 NAÇÕES. PREVISÕES

O 6 Nações 2018 começa este fim-de-semana e a possibilidade de ver bons jogos de Rugby - nós através da televisão (transmissões directas na Sport TV) - aí está. E ao ver estes jogos mau não seria que tirássemos as ilações necessárias a uma melhor compreensão do jogo actual e que conseguíssemos perceber quais as adaptações que temos de fazer adequadas ao perfil dos jogadores portugueses. Mas há coisas, gestos técnicos e conceitos tácticos, que são importáveis e facilmente compreendidos pela mera observação: porque se chuta assim? qual é o objectivo? como jogam os "aberturas" e porquê? qual o tempo de conquista nos alinhamentos e que vantagens se pretendem com isso? o jogo em duas linhas é mais eficaz com ataque ao canal 1 ou ao 2? Qual é o objectivo atacante e como fazem para o conseguir?
Enfim: um enorme conjunto de perguntas e visão de soluções para quem quer ver os jogos como - para além do entretenimento - um meio de aprendizagem  e reflexão para melhorar as condições de treino das suas equipas.  

Nesta jornada do 6 Nações,  dois jogos - o Itália -Inglaterra não terá estória em termos de resultado vencedor - não têm vencedor antecipado: Gales-Escócia e França-Irlanda.

Em Cardiff, a equipa galesa - com 10 habituais titulares lesionados (7 foram Lions) - apresenta-se com 10 jogadores da equipa que considero a mais interessante - por mais criativa - equipa europeia: os Scarlets. E se existe alguma falta de experiência deste nível de jogos internacionais do mais elevado grau, também existe a vantagem do conhecimento mútuo, permitindo um elevado nível de coesão com os três primeiras-linhas, um flanqueador, dois médios, dois centros e dois três-de-trás todos habituados a jogar juntos no seu clube. Tendo a Escócia, que se tem vindo a mostrar em crescendo, vencido em Murrayfield na época passada, terá como objectivo a repetição da proeza e vencer onde não consegue desde 2002 - mas Gales também quer "vingar-se"... Um jogo de enorme tensão e de resultado imprevisível.

A França, com todas as dificuldades que tem mostrado nas últimas épocas e a que se juntou a política de decisões laportiana, joga um tudo por tudo para inverter a má impressão que fomentou junto do seu público. Mas contra uma equipa como a Irlandesa - 3ª no ranking mundial e com apenas uma derrota nos últimos sete encontros entre ambos os países - a sua tarefa não será fácil para mais tratando-se de uma equipa jovem e pouco experiente - o seu "abertura", Matthieu Jalibert, tem apenas 19 anos. No entanto as dificuldades de viajar - isto é, de jogar fora do conforto do seu Aviva Stadium - têm sido uma marca irlandesa e os 90% de eficácia  nos pontapés aos postes de Machenaud podem fazer a diferença.

Entre a Previsão do XV contra XV e da Rugby Vision - de N Winchester, economista do MIT - não há qualquer diferença sobre o prognóstico dos vencedores mas, como partem de bases diferentes - o primeiro dos pontos de ranking da World Rugby e o segundo de ranking próprio - também a previsão da diferença de pontos de jogo não é idêntica. Domingo se verá quem ficou mais próximo.

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