terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

6 NAÇÕES

A olho nu percebe-se, desde logo, uma enorme diferença entre o 6 Nações e a Taça Europeia das Nações: a qualidade dos relvados. No primeiro, campos sem lama a propor um jogo completo; no segundo, campos ou incapazes de suportar um jogo ou encharcados em lama até dizer basta. O que significa receitas. De que é ilustrativo os estádios cheios de um lado e a meia dúzia de mirones que se podem adivinhar a juntar aos “internos” da modalidade do outro.
E é claro, também há uma enorme diferença na capacidade de produção de jogo. Mesmo se esta 1ª jornada do 6 Nações não foi nada de especial. Mas houve momentos interessantes ou significativos.

O primeiro ensaio da Irlanda é um tratado: salto de O’Hara com um passe notável para o espaço vazio – numa ideia táctica próxima dos quarter backs americanos – onde apareceu, lançadíssimo, o ponta; reagrupamento, saída de bola rápida, ataque ao intervalo, defesa a ficar curta e dois jogadores soltos no corredor de 15 metros para um ensaio em beleza do nº8.
No Inglaterra-Gales, a estupidez do base galês Alun Wyn Jones – uma rasteirita de esperteza saloia – derrotou definitivamente a equipa. Durante os dez minutos que esteve fora por amarelo, os ingleses marcaram 17 pontos. Dezassete pontos! De nada valendo a excelente organização defensiva que Gales mostrava. Tão pouco o desespero dos ataques finais. Mais do que jogou, a Inglaterra agradeceu.
A França apareceu com um bloco de avançados de grande poder – já tinha dado indícios contra a África do Sul. Mas não sei se os seus três-quartos chegarão para desequilibrar o jogo frente a equipas que, ao contrário da Escócia, consigam reduzir o espaço de manobra da 3ª linha francesa. Mesmo quando Bastareaud se aproxima de um Umaga europeu.
A Itália e a Escócia são as duas equipas fracas deste conjunto, a Irlanda, porventura, a mais equilibrada, Inglaterra e Gales a dependerem muito de dias sim de alguns dos seus jogadores. Quanto à França ver-se-á no próximo sábado – precisamente contra a Irlanda – a verdadeira massa de que é feita.

Com maior ou menor qualidade, o 6 Nações não perde o seu encanto. Os estádios continuarão cheios e os jornais e televisões continuarão a reportar os acontecimentos. E a Sport TV, também: para português ver.

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