sábado, 27 de fevereiro de 2010

GALES-FRANÇA

A pressão paga dividendos. A prova? A vitória da França sobre Gales: dois ensaios em intercepções provocadas pela organizada subida defensiva – a que não foi alheia a preocupação galesa de fazer chegar a bola aos seus pontas a qualquer preço. Mas os franceses também sabiam isso – é para isso que os vídeos servem – e montaram o esquema defensivo adequado. E assim ganharam.
Mas Gales jogou mal: de borla, entregou a primeira parte, dando a possibilidade ao adversário de marcar 20 pontos. Por atrapalhações sucessivas, erros infantis ou incapacidade táctica, deitou fora, na segunda-parte, muito do jogo criado. E uma falta muito estúpida – uma constante nos últimos tempos galeses – deitou, aos 70’ e em fase de recuperação, tudo a perder.
Duas lições. A primeira: nos jogos internacionais qualquer momento de descontracção ou desconcentração – não é a mesma coisa nem têm a mesma origem – levam ao pagamento de juros altíssimos. A segunda: o domínio do passe em cargaoff-load – é, como se viu, uma arma técnica decisiva para ultrapassar defesas e continuar o jogo penetrante.

Última observação: Gales desenvolveu muito boas sequências, resultando daí algumas boas penetrações provenientes da exploração de intervalos criados pelo movimento da bola e jogadores; não terem sido mais eficazes resulta apenas do facto de Gales não ter mostrado capacidade para montar o apoio ao portador da bola no jogo entre-linhas.
Já se sabe: com o jogo defensivo que hoje é moeda corrente nas equipas de qualidade internacional saber jogar entre-linhas – montando o apoio ao portador e garantindo a continuidade do movimento – é o factor que irá fazer a diferença no resultado final, definindo vencedores e derrotados.

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