sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

FRANÇA-IRLANDA

O França-Irlanda do 6Nações do próximo sábado está a criar enorme expectativa. As duas melhores parelhas de centros da Europa vão confrontar-se: Jauzion/Bastareaud contra D’Arcy/O’Driscoll. Só isto valeria a deslocação a Paris se houvesse garantia de bilhete. Assim, valerá a caixa mágica da televisão.

O par irlandês terá a vantagem do serviço do abertura O’Gara; os franceses, do poder do seu bloco avançado. Dos dois lados uma enorme capacidade de utilização das bolas que lhes sejam entregues. Os off-load de Jauzion, o poder de Bastareaud, a imprevisibilidade de D’Arcy e o sentido de oportunidade de O'Driscoll, abrirão espaços suficientes de penetração para um interessante desenvolvimento do jogo entre-linhas – e será curioso observar a organização de cada equipa para os contrariar.
Em defesa, a experiência conjunta do par irlandês dará maiores garantias. Aliás Stuart Barnes – articulista e comentador do Times – dá, numa interessante observação, Bastareaud como o elo fraco da defesa francesa. Porquê? Porque, saindo rápido, adiantando-se numa espécie de blitz, abrirá, no desalinhamento provocado, caminho para a entrada e ultrapassagem da linha de defesa pelo ponta do lado fechado, principalmente quando for Bowe. A ver.

Sendo o jogo em Paris, a França é a favorita. Mas os irlandeses – tendo há muito abandonado o espírito do risco libertador que fazia do final dos seus jogos monumentos ao movimento na procura de um volte–face sempre tardio – reservam o fighting spirit para todos os momentos do jogo e são capazes de, em qualquer altura, ultrapassar qualquer defesa. Veremos que serviço lhes será fornecido pelos seus avançados na luta tremenda que travarão com os seus adversários directos.

Para quem gosta de rugby, a transmissão televisiva da Sport TV (não havendo acesso ao directo ou dando prioridade ao Portugal-Geórgia) é imperdível.

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