segunda-feira, 4 de junho de 2012

CONFIANÇA

Eu sei que era um jogo entre equipas que pertencem ao mesmo círculo competitivo. Eu sei que era uma final onde não há garantias de coisa alguma - é por isso que pode haver apostas, não é? Mas eu tinha uma enorme confiança na equipa do CDUL - tanta que desenhei o boneco do título na sexta à noite, como se fosse uma certeza.

Conheço bastante bem o XV do CDUL - por o ver jogar muitas vezes - e razoavelmente a equipa de Agronomia, sei assim dos fortes e fracos de um e outro lado, sei pesá-los e compará-los. E a comparação pendia decididamente para o azul-escuro - os fortes do CDUL iriam ultrapassar as capacidades de Agronomia. Bastava auto-confiança e atitude conquistadora dentro de campo ... e o resultado surgiria naturalmente.

E se necessário, a garantia que a superior condição física do CDUL iria buscar o que fosse preciso nos vinte minutos finais. Tinha essa confiança.

Não quer dizer que o CDUL seja já uma super-equipa e que se encontra num patamar muito superior a todas as outras. Nada disso. Sei bem do défice que ainda tem entre o volume de jogo que produz e a sua eficácia; que às vezes se atrapalha com coisas bem feitas; que nem sempre o mesmo raciocínio se espalha pelo colectivo, desperdiçando-se oportunidades que não são colectivamente reconhecidas; que há jogadores que ainda têm que desenvolver as suas habilidades e a sua cultura táctica; que há lugares que precisam de maior maturidade ou outros, pela lei da vida, que vão precisar de preenchimento. Sei isto tudo.

Mas sei também que o CDUL é, neste momento, a melhor equipa portuguesa e a mais capaz de produzir um rugby interessante e que se aproxima do rugby de movimento - afinal a nossa escola de sempre.

Por tudo isto a confiança podia ser, como foi, muito grande. Por tudo isto, a vitória e o retorno ao mundo competitivo que nos pertence.

E a confiança num futuro sustentado, com as provas dadas pelo XV dos Sub-21, é também, naturalmente, grande. Voltámos!

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