sexta-feira, 15 de junho de 2012

TOMADA DE DECISÕES

In contrast to the North, players in the South are encouraged to be spontaneous and use intuitive decision making during spring internationals, Super Rugby competitions, national provincial and winter club competitions, especially in New Zealand and Australia. Peter Russell, assistant coach, Newcastle Falcons. Sublinhados meus.

Há anos, quando andei por França a aprender sobre organização e métodos de treino aplicáveis em digressão com os All-Blacks de Laurie Mains, encontrei um grupo de treinadores argentinos que andavam também em digressão por diversos clubes franceses a apreender novas realidades e a preparar novos programas de desenvolvimento do seu rugby interno. Perguntei ao treinador argentino responsável qual era o ponto-chave das acções técnico-tácticas que estavam a adoptar na formação dos jogadores argentinos. A resposta foi rápida e directa: a tomada de decisões!


Hoje a Argentina, que se encontra no 7º lugar do Ranking IRB e que conta com o treinador Graham Henry, recente campeão mundial, como Assessor Técnico para a Área de Alto Rendimento, tem, simultaneamente, uma equipa sub-20, os Pumitas, nas meias-finais do Mundial Junior, uma outra, Jaguares, em Bucareste, no Nations Cup, outra, os Pumas, que já jogou - e venceu - contra a Itália e se prepara para jogar contra a França e que participarão, pela primeira vez e dentro de pouco tempo, no Four Nations com a Nova Zelândia, Austrália e África do Sul.

Se pensarmos no número de jogadores de alto nível necessários para a constituição destas equipas, só podemos pensar no acerto da aposta e nas vantagens do sistema que suporta o objectivo central: encontrar e aplicar as formas de treino que, ampliando a capacidade de ler a envolvente e permitindo a melhor escolha da panóplia de meios técnicos disponíveis, possibilitem também a adequação eficaz e em tempo útil das decisões individuais e colectivas tomadas. E numa altura que se ouve, no nosso rugby interno, falar demasiado em pesos, alturas e ginásios talvez não fosse pior reflectir mais demoradamente sobre este tema: como melhorar a tomada de decisões dos jogadores portugueses?

O bom resultado está à vista nos argentinos

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