Tudo se vai decidir na última jornada: vencedor do Torneio, vencedor do Grand Slam, vencedor da Triple Crown e Colher de Pau. E só Gales tem a possibilidade — para o que lhe basta vencer o jogo, em Cardiff, contra a Irlanda — de conseguir a tripla. A Itália tem, em Roma e se derrotar a França, a possibilidade, embora mantendo o último lugar, de evitar a Colher de Pau.
As probabilidades, como se pode ver no quadro, são muito pouco assertivas para o jogo de Gales — a australiana QBE e o seu super computador consideram que as probabilidades são de 50%, acabando por considerar que os irlandeses terão vantagem final. Nos outros dois jogos, ingleses e franceses carregam todo o favoritismo.
Com estas expectativas todas pela definição do vencedor final, o próximo sábado vai ser de sofá. E o Gales-Irlanda será de primeira escolha.
Como se comportará a defesa galesa perante as simples mas muito eficazes combinações irlandesas? E qual das duas equipas melhor aproveitará o jogo ao pé? — a excelente novidade galesa de que Liam Williams poderá jogar, poderá também fazer a diferença. E nos maul-penetrantes quem levará a melhor: a excelente organização defensiva do bloco avançado de Gales ou as poderosas combinações do bloco irlandês? Jogo de todas as apostas e a não perder.
Em Twickenham, na tradicional Calcuta Cup, a Inglaterra que já saberá o resultado do Principality Stadium, dará uma demonstração daquilo que realmente vale o seu colectivo se o jogo for apenas para cumprir calendário. Mesmo estando sempre em jogo o prestígio da taça em disputa anual com os escoceses, se Gales tiver vencido em Cardiff, os jogadores ingleses demonstrarão, pelo grau de atitude posta em campo, o nível qualitativo da coesão da sua equipa e, portanto, o grau de pretensões objectivas para o próximo Mundial.
Como se vê pelo quadro abaixo, a vitória no Torneio está dependente dos resultados. Se Gales ganhar, fica o caso arrumado; se perder, a vitória no Torneio dependerá do resultado que Irlanda e Inglaterra tenham conseguido — o que dá uma voz à Escócia que tem neste jogo a possibilidade de demonstrar que não pretende continuar a ser mero figurante do mais alto nível internacional e, assim, marcar posição nas mudanças que se discutem para o futuro da modalidade.
Um fim‑de‑semana rugbísticamente em cheio!
QPM- quota de pontos marcados; %V- percentagem de vitórias |