sexta-feira, 7 de março de 2025
A CURIOSIDADE DO XADRÊS DE CADA EQUIPA
quarta-feira, 5 de março de 2025
DEPLORÁVEL
Sobre o primeiro aspecto, jogar uma meia-final de um jogo entre equipas do Tier 2 Europeu sem os jogadores titulares das equipas francesas onde jogam, significa surgir em campo um grupo de jogadores sem coesão, sem hábitos competitivos de bom nível e mesmo com uma fraca relação de hábitos comuns — veja-se que os dois médios, Vareiro e Camacho, apenas jogaram, até este confronto com a Espanha, alguns minutos conjuntamente. E o resultado desta inconsistência foi evidente: nada de riscos e quase nenhuma cumplicidade.
No jogo, Portugal mostrou as enormes dificuldades estratégicas do rugby português — falta de jogadores técnica e tacticamente preparados como resultado de um campeonato sofrível, como aliás demonstrei nas análises Noll-Scully que realizei. Então porque não se altera, perguntar-se-á? Porque os clubes parecem preferir estes jogos de pouca qualidade a um campeonato que obriga a alterar métodos de formação e de treino. Ou seja, que se perceba que a Divisão de Honra não é um jogo de carácter social — ou de tios como se diz na caricatura — mas sim um jogo que pertence ao domínio do Alto Rendimento. E entre o jogo-social e o jogo do Alto Rendimento há profundas diferenças e nós não queremos o esforço a que a diferença obriga.
Para jogar neste nivel é necessário garantir o correcto domínio dos princípios fundamentais. Coisa que não se viu. O ataque — “assustado” pela pressionante subida da defensiva espanhola — jogou sem velocidade e com permanente cedência de terreno — em 215 passes conseguiram 54 ultrapassagens da linha-de-vantagem e 8 rupturas (a Espanha com 150 passes, ultrapassou a linha-de-vantagem 88 vezes e marcou 3 ensaios) desperdiçando nesta vantagem, um princípio essencial que o colunista rugbístico, Spiro Zavos, define assim “Uma das grandes verdades do rugby é que a equipa que conquista a linha-de-vantagem é a equipa que ganha o jogo.”. Viu-se… a Espanha com mais ultrapassagens da linha e embora a perder no número de bolas conquistadas, ganhou o jogo sem grandes problemas — cerca dos 60´vencia por 36-17.
Neste jogo, o conjunto de jogadores portugueses mostrou ou desconhecimento das Leis do Jogo ou a falta da concentração necessária, inadmissível num jogo desta natureza — foram feitas penalidades sem sentido que custaram o espantoso número de 21 pontos a que se juntaram 3 cartões amarelos.
Nick Bishop chama a atenção para um importante valor estatístico: “o número de rupturas que são convertidas em ensaios”. Portugal com 8 rupturas para 4 ensaios e ultrapassando 32 defensores e a Espanha com 9 rupturas para 3 ensaios para 14 defensores ultrapassados. Como se pode perder com esta vantagem? Não conseguindo convertê-la em activos — apenas 45% de posse de bola e 44% de domínio territorial. Como?! Por má conquista da bola — maus lançamentos nos alinhamentos que não permitiram conquistas de bom uso, formações-ordenadas com más posições de corpos, colisões mal preparadas a criar rucks de uma demora indecorosa de reutilização — por demasiados passes e corridas laterais sem ultrapassagem da linha-de-vantagem, por falta de apoio útil com linhas de corrida adequadas — muitas vezes os possíveis receptores em vez de entrarem no passe como é tacticamente correcto, afastavam-se do portador, dificultando o exercício do passe — por mau jogo ao pé e por má leitura do jogo. Mas muito principalmente por indisciplina injustificável!
No combate, ensinou o Condestável Nuno Álvares Pereira:” a Manobra prevalece sobre a Choque” — propósito que os jogadores portugueses mostram desconhecer em absoluto, passando o tempo a responder ao passe com a procura imediata da colisão e esquecendo a manobra que desequilibra a defesa, abrindo intervalos que permitirão a continuidade do movimento em direcção à área-de-ensaio adversária. Se a isto juntarmos outra incapacidade táctica demonstrável no desconhecimento de fixação dos adversários directos do portador da boa, permitindo assim que a defesa usasse o deslizamento para cobrir a largura de terreno e impedir o avanço português. Mas marcámos 4 ensaios! Marcámos porque a defesa espanhola, sempre que fixada pelo avanço do ataque português com o apoio necessário não sabia como defender… mas a equipa portuguesa jogou lá atrás, sentada no sofá, mostrando não ter soluções para se opôr à pressão espanhola que deixava espaços profundos abertos mas que. nunca soubemos explorar enquanto estratégia — quem não vê, não lê, não decide…
Como foi possível ver, os jogadores de Portugal falharam a sua missão — baixaram um lugar no ranking WR — como reconheceram o capítão Appleton e o treinador Mannix ao afirmarem que existe uma lição a aprender, podendo assim seguir o conceito de um grande conhecedor dos valores do Desporto, Nelson Mandela, que afirmava: “Nunca perco, ou ganho ou aprendo.”
Espero que aprendam!
sábado, 1 de março de 2025
MEIAS- FINAIS EUROPEAN CHAMPIONSHIP 2025
No Estádio Nacional e pelas 15:30 horas deste sábado 1 de Março, Portugal joga uma das meias-finais do European Championship contra a Espanha.
Favorito por uma margem de 15 pontos — embora apenas com 50% de hipóteses de vitória segundo manifestação de adeptos —Portugal jogará com o menor número de jogadores a actuar em França dos últimos tempos e ainda sem poder contar com os seus melhores uma vez que não terão sido — como mais tarde ou mais cedo se esperaria que acontecesse — autorizados pelos seus clubes que precisam destes profissionais — a quem pagam salários — para os jogos que estão a disputar num período que começa a ser crucial para a classificação final. Assim teremos 13 jogadores que jogam em França mas que não são titulares nas suas equipas…
Os espanhóis têm 16 dos 23 jogadores a actuar fora de Espanha — incluindo um pilar a jogar em Portugal — e devem sofrer do mesmo problema de só terem acesso a jogadores que são normalmente suplentes nos seus clubes.
Portanto esta meia-final será, no mais provável, um jogo equilibrado com os apoiantes — que já saberiam que tipo de equipas iriam defrontar — apontam. Mas, com jogo em casa, as vantagens serão dos Lobos.
Quanto à outra meia-final, a Geórgia será obviamente a favorita sem margens para dúvidas e a final poderá ser a repetição da época passada.
quinta-feira, 27 de fevereiro de 2025
GALES, COM NOVO TREINADOR, EM RECUPERAÇÃO
Jogos que valem a pena ver. O novo treinador de Gales, Matt Sherratt, numa dúzia de dias, transformou a equipa que, embora com a 15ª derrota consecutiva, mostrou novas capacidades competitivas que quase lhe permitiram a conquista de um ponto de bónus defensivo. Como curiosidade das mudanças em relação a Gatland, veja-se que deu total independência ao antigo pilar galês, Adam Jones, para a escolha da 1ª linha com o que tivemos a oportunidade de ver, com o número 3, WillGriff John, que, em 53 minutos de jogo, cilindrou o pilar esquerdo irlandês Andrew Porter, provável Lion.
O jogo Inglaterra- Escócia que terminou com a conquista da Calcuta Cup pelos ingleses pela diferença de 1 ponto — à entrada do último quarto do jogo o resultado era de 10-10 — teve momentos de muito bom jogo e de tensão de cortar a respiração.
No França-Itália, os 11 ensaios marcados pelos ranceses dizem tudo da diferença de capacidde de jogo dss duas equipas.
Daqui a 8 dias, com a disputa da 4ª jornada, veremos se a Irlanda — que joga com a França e detendo já a Triple Crown (vitórias sobre as equipas britânicas) — se mostra capaz da terceira vitória consecutiva no Seis Nações.
sábado, 22 de fevereiro de 2025
sábado, 15 de fevereiro de 2025
BELÍSSIMA VITÓRIA
sexta-feira, 14 de fevereiro de 2025
A CAMINHO DAS MEIAS-FINAIS
Neste último jogo dos grupos Rugby Europe Championship 2025 e que apuram para o lugar de disputa das meias-finais — o vencedor de cada grupo jogará contra o 2ºclassificado do outro grupo — Portugal e Geórgia, apesar do seu papel de visitantes, são os favoritos. Portugal vencendo por uma diferença de 4 pontos e a Geórgia, vencendo por 9 pontos de diferença, de acordo com o algoritmo utilizado que serve para determinar o resultado de acordo com o passado desportivo das equipas nas ultimas épocas.
O jogo de Portugal não será fácil e exigirá o recurso á melhor das capacidades técnico-tácticas de cada um dos jogadores integrantes da equipa. Em cada momento a decisão certa alinhada com a dos companheiros próximos, seja em ataque, seja em defesa, será determinante para o positivo resultado final.
Que tudo corra pelo melhor!
PORTUGAL NO MUNDIAL 2027
sábado, 8 de fevereiro de 2025
A UM PEQUENO PASSO
Nesta nova jornada do European Championship, Portugal tem a obrigação de derrotar — a diferença pontual do prognóstico é de 38 pontos — a Alemanha, seu novo adversário e assim ficar apurado para o Mundial de 2027.
Quanto ao 6 Nações, apesar de uma evidente vantagem da Itàlia no seu jogo contra Gales, os três encontros da jornada são suficientemente interessantes para que os vejamos via SportTV.
quinta-feira, 6 de fevereiro de 2025
PARABÉNS CAMPEÃS!
Sou Padrinho da equipa de Rugby Feminina dp Sport Clube do Porto que se sagrou, sob o continuado comando e enorme alegria da “capitã” Daniela Correia — Deolinda/Minga, Campeã Nacional 2024/2025.
Ás minhas queridas afilhadas um enorme abraço de muitos parabéns!
segunda-feira, 3 de fevereiro de 2025
CUMPRINDO O MÍNIMO
![]() |
Estádio do Restelo, 1/2/2025, Portugal-Bélgica |
sexta-feira, 31 de janeiro de 2025
sábado, 25 de janeiro de 2025
ACABOU E FOI MÁ
sábado, 18 de janeiro de 2025
DA POUCA TRANSPARÊNCIA À COMPETITIVIDADE
Esta situação — última jornada com disputa de lugares — deveria ter levado, por razões de transparência, a algum cuidado na marcação de jogos. Tratando-se de uma última jornada que qualifica para fases mais importantes, todo o cuidado é pouco — não se tratando apenas daquilo que salta à vista mas também de protecção sobre aquilo que, escondido, pode afectar a verdade desportiva. De facto o Grupo B tem duas equipas no 2º e 3º lugares separadas por 2 pontos. Ou seja, a subida está garantida para a equipa actualnmente mais bem classificada se vencer este último jogo. Mas se perder, basta que a equipa no 3º lugar vença para garantir a classificação. Tudo parece normal. Só que… se a equipa em 3º lugar deve ter a vítória garantida porque joga em casa contra o último classificado — 5 derrotas e apenas um ponto conseguido num bónus defensivo — a equipa do 2º lugar com 2 vitórias, 13 pontos e 18 ensaios marcados e que precisa de vencer, joga em casa contra o 1ª classificado — 4 vitórias, 1 empate, 20 pontos conquistados e 22 ensaios marcados…Ou seja, teoricamente esta equipa melhor classificada deve ganhar, mas… e se ganha a outra que joga em casa? Que se poderá pensar? Que se poderá insinuar? Uma ajuda, um desleixo por não precisar de nenhum resultado? Como diz o dito: não basta ser, é preciso parecer…
domingo, 12 de janeiro de 2025
IN MEMORIAN
![]() |
Foto que recebi do Alpuim |
À sua família, aos seus amigos mais próximos, ao Grupo Desportivo de Direito que lembrará sempre a sua obra, as minhas profundas condolências e os profundos sentimentos de pesar por esta nossa perda.
sábado, 4 de janeiro de 2025
FINAL DA 1ª VOLTA
Terminou — com 3 jogos para cada equipa de cada Grupo — a 1ª volta da Fase de Apuramento do TOP12 da Divisão de Honra.
Da análise realizada e embora o baixo número de jogos não permita conclusões significativas, podemos ver que é no Grupo B que está a série mais equilibrada — ou seja: com um global de menos pontos e menos vitórias, os resultados entre as equipas que o constituem são menos previsíveis — uma vez que tem o menor valor Noll-Scully embora tenha também o menor valor de Pareto e que significa, pela maior distância aos 80%, um conjunto também desequilibrado (quanto mais próximo o valor fôr de 20%, maior será o desequilíbrio do conjunto). Note-se que o TOP10 2023/24 teve um Noll-Scully de 2,48 para um valor de 1 que significa o equilíbrio.
No entanto o equilíbrio não é suficiente para garantir um nível competitivo que possa preparar os jogadores para os jogos de apuramento do Mundial.
Dez dos dezoito jogos (55%) realizados tiveram resultados com uma diferença de 15 ou mais pontos para os vencedores, chegando a existir resultados — 97-7, 94-12, 64-14 ou 50-0 — inadmissíveis para um principal campeonato de um país que pretende estar presente no próximo Mundial.Com uma diferença de pontos entre posições classificativas tal — como se pode ver no gráfico seguinte — entre o 1º e 3º lugares e entre o 2º e 3º lugares percebe-se que apenas no Grupo B existe a possibilidade de qualquer das equipas poder chegar aos dois lugares que qualificam para o “seis” da Fase Final. Nos outros Grupos o 1º lugar aparenta estar atribuído e, dadas as diferenças de qualidade das equipas, os 2º lugares devem também estar determinados.