sexta-feira, 22 de agosto de 2025

ABERTURA MUNDIAL FEMININO que fizeram uma demonstração de superio

 

Jogando em casa e sendo a equipa que ocupa o 1º lugar do Ranking Mundial Feminino, a Inglaterra é a favorita deste jogo inaugural por números muito elevados — 51 pontos de diferença de acordo com a previsão. Vamos ver até onde resiste o “quinze feminino” dos os Estados Unidos…

… e, do lado de cá da televisão, apoiarmos a “nossa” Maria Heitor.


A Inglaterra fez o que se esperava, ganhando por enorme diferença de pontos. Mas curiosamente as estatísticas das duas equipas estão muito próximas — a USA tem 52% de POSSE e 49% de TERRITÓRIO e sofre 11 ensaios apesar de 88% de Sucesso nas Placagens (falhou 17 placagens contra 19 falhadas pelas inglesas) — com excepção das penalidades e das formações-ordenadas que tiveram uma vantagem de mais do dobro para as inglesas que fizeram uma demonstração de enorme domínio neste sector. É também de relembrar o muito importante papel das duas pilares Botterman e Muir — na garantia da continuidade de movimento da equipa.

A demonstração de capacidade feita pela equipa inglesa para além de prometer jogos muito interessantes entre equipas equilibradas mostra a sua aposta para a vitória final. Este Mundial vai valer a pena ver porque as equipas vão mostrar interessantes capacidades e muito boa compreensão do jogo. A ver!

ENORME EXPECTATIVA


 Nesta 2ª jornada do Rugby Championship 2025 se a África do Sul perder pela mesma diferença da 1ª jornada, descerá para o 6º lugar do ranking da World Rugby. O que seria um verdadeiro desastre para a equipa bi-campeã do Mundo e que entrou neste torneio colocada em 1º lugar do ranking. Daqui que este jogo neste sábado seja esperado com enorme expectativa: como irão os sul-africanos jogar? que alterações irão fazer ao seu jogo para impedir os australianos de serem tão eficazes como o foram no jogo anterior — 6 ensaios não se obtêm por acaso mas sim pelo controlo da rapidez de conquista da bola e do movimento das manobras que desequilibravam a defesa africana. Como vai ser? veremos…porque não basta ser favorito…

A Nova Zelândia que voltou ao 1º lugar do ranking e que só o perderá com uma derrota de por 16 ou mais pontos de diferença no jogo contra a Argentina. Argentina que terá — de novo em frente ao seus adeptos — uma tarefa difícil mas que tudo fará para conseguir a vitória. Serão portanto dois jogos de grande expectativa e de novo com uma boa qualidade.

Para que tudo seja como deve ser em jogos que contam com equipas situadas no grupo das 7 melhores do Mundo, espera-se que as arbitragens sejam de qualidade, nomeadamente no que diz respeito à marcação de foras-de-jogo e acerto na análise do jogo no chão.  



quinta-feira, 21 de agosto de 2025

MARIA HEITOR NA ABERTURA DO MUNDIAL FEMININO


Começa nesta sexta-feira próxima pelas 19:30, na Sport TV7, o Mundial Feminino 2025 com o jogo de abertura Inglaterra-Estados Unidos e onde a nossa Maria Heitor estará presente como Árbitra Assistente da Árbitra Principal sul-africana Aimee Barret-Theron que terá como outra Assistente a Neozelandesa Natarsha Ganley.

Os nossos votos vão para uma boa prestação da Maria Heitor que tem vindo a demonstrar as capacidades que a levam a esta honrosa participação. Boa sorte, Maria!

terça-feira, 19 de agosto de 2025

GANHAR PELA EFICÁCIA


 É curioso que com vantagem em praticamente todos os factores dos jogos, a África do Sul tenha sido incapaz de marcar qualquer ponto na 2ª parte e tenha perdido, depois de deter uma vantagem 17 pontos ao intervalo, por uma diferença final de 16 pontos.

Cinco aspectos australianos saltam à vista: mais placagens, menor número de penalidades sofridas, mais jogo ao pé com maior qualidade de ocupação de terreno, mais conquistas no alinhamento com melhor distribuição de movimentos atacantes e uma maior capacidade de rapidez na libertação da bola nos rucks e até com maior conquista de turnovers. E estes factores traduziram-se numa maior eficácia dentro da linha de 22 adversária.

De facto não serve de nada uma maior percentagem de posse de bola ou de ocupação territorial se não existe eficácia no uso da bola e se a procura constante da colisão permite ganhar alguns metros sobre a linha de vantagem a demora de libertação dos rucks permitiu sempre que a defesa australiana se reorganizasse e retirasse eficácia ao jogo sul-africano. E assim se justificou a vitória australiana que fez uma excelente demonstração de rugby-de-movimento.

Veremos como, desde já e com muita curiosidade, irão os sul-africanos mostrar as correcções conseguidas no seu jogo neste novo encontro também a disputar na África do Sul. A não perder…

segunda-feira, 18 de agosto de 2025

ALL-BLACKS EM PRIMEIRO NO RANKING



Com os resultados desta 1ª jornada do 4 Nações, a Nova Zelândia passou para o 1º lugar do Ranking da World Rugby com 92,51 pontos. Os jogos foram muito bons de ver, principalmente o África do Sul-Austrália ao qual, ao contrário da cćlebre frase do futebolista Oliveira: quem num biu, bisse! direi que, se gosta de rugby, tem que ver!

A recuperação da Austrália foi notável, conseguindo inverter as previsões que a davam como derrotada por 15 pontos de diferença para terminar vencedor pela margem de 16 pontos (!), depois de ter estado, ao intervalo a perder por 22-5. Esta viragem terá como tradução o facto da incapacidade dos sul-africanos em aguentar a velocidade que oa australianos colocaram no seu jogo de movimento. Aliás os sul-africanos com a previsibilidade do seu jogo de colisão — continuam a entender que o jogo se realiza mais na força da linha recta (colisão) do que com a inteligência do movimento (manobra) — o que, reconheça-se, deu os seus bons resultados ( 2 Mundiais) excepto quando os adversários têm a preparação suficiente para resistir aos ataques directos e para obrigarem, com o seu movimento, a defesa a deslocar-se demasiado nas coberturas que tem que fazer e não terem, como não tiveram, a “caixa de ar” e a disponibilidade muscular suficientes para se oporem na 2ª parte do jogo à continuidade de movimento do adversário.

Esta vitória australiana foi boa para mostrar que a movimentação e a continuidade da manobra pode — como entendia Nun’Álvares — ser mais eficaz que a colisão, seja ela ofensiva ou defensiva. Os conceitos de Joe Schmidt começam a fazer os seus efeitos.

Na vitória dos All Blacks que venciam por 31-10 ao intervalo para permitirem um resultado na 2ª parte de 10-14 favorável aos argentinos, o que mais interessante se viu foi a forma defensiva neozelandesa, muito rápida e com o exterior a adiantar.se, impedindo assim que os argentinos manobrassem ao largo e obrigando-os à colisão. E desta fórmula os argentinos só conseguiram sair no excelente ensaio do seu abertura, Tomas Albornoz, que conseguiu, com uma linha de corrida convergente, um ataque interior que apanhou a defesa allblack com os “pés trocados”. 

No próximo fim de semana a África do Sul tudo tentará para não ser derrotada de novo na sua própria casa. E se Eramus já reconheceu que a maior parte da culpa da derrota não foi dos jogadores mas sim da equipa técnica, veremos que alterações estratégicas surgirão. Quanto à Austrália o que se espera é a sua contínua subida na preparação para o Mundial 2007 que se disputa em sua casa. E assim a sua vitória será uma nova hipótese…

Quanto aos AllBlacks e agora que voltaram ao 1º lugar do Ranking, a sua perspectiva é de nova vitória. No entanto e tendo os argentinos uma semana para adaptar o seu tipo de jogo à defesa neozelandesa, pode ser que consigam um maior equilíbrio e, eventualmente, surpreender com a proximidade do resultado.

quinta-feira, 14 de agosto de 2025

1ª JORNADA QUATRO NAÇÔES

 


Este fim-de-semana começa o Rugby Championship que, envolvendo as quatro melhores equipas do Sul, podemos designar por Quatro Nações numa comparação nominal com o nosso Seis Nações. Para nossa sorte a SPORTTV irá transmitir todos os jogos desta competição.

Os principais favoritos à vitória final, serão os dois primeiros classificados — África do Sul e Nova Zelândia — do ranking mundial. De qualquer maneira espera-se que, dados os últimos resultados, . — lembre-se que a Argentina venceu os British&Irish Lions bem como a Austrália — que são melhores do que as diferenças classificativas dos valores do ranking e assim os jogos tenham tendência ao equilíbrio.

Como novidade o facto dos australianos terem terminado com os efeitos da “Lei Giteau” — obrigação de um mínimo de 60 internacionalizações e de sete temporadas cumpridas no Super Rugby para poderem jogar fora do país e representá-lo na selecção nacional. Embora devendo, em caso de igualdade de “calibre”, dar prioridade aos jogadores “internos”, o seleccionador, Joe Schmidt, poderá convocar os jogadores que considere como melhores defensores da camisola australiana. O que pode representar uma vantagem uma vez que, dado o facto do rugby de XV não ser no país uma modalidade de grande projecção, existe uma tendência dos jogadores procurarem contratos no estrangeiro. Será curioso perceber como lidará Schmidt — chamará novos jogadores “estrangeirados” ? — com esta nova situação.

Outra da curiosidade destes jogos diz respeito a verificar que “inventona(s)” apresentará desta vez o sul-africano Rassie Erasmus…

Seja como fôr, um sábado de bons jogos para amenizar o calor.




terça-feira, 5 de agosto de 2025

O TRÊS-ZERO FOI-SE


Com a entrada de Nic White — jogador capaz de concentrar em si o foco dos adversários que assim se desligam da bola — e provavelmente com a ajuda da chuva de grande intensidade a que um intervalo de cerca de 40 minutos para salvaguarda de hipóteses de raios que originaram a preocupação quando apareceram a 10 km do estádio. Se a chuva permitiu diminuir a intensidade do jogo, o intervalo de segurança permitiu provavelmente a recuperação física australiana que se mostrou, nos dois jogos anteriores, longe da preparação necessária para jogos deste nível. 

Curiosamente a Austrália, apesar da chuva, foi muito capaz de desistir da colisão e conseguir as manobras essenciais para utilizar mais a bola fazendo 165 passes — os B&ILions fizeram 126  —  para conseguir 67 ultrapassagens da Linha-de-Vantagem contra as 56 dos britânicos mas acabando nas mesmas 4 rupturas da defesa e 8 entradas na Área-de-22. Tudo isso porque as defesas estiveram com grande eficácia com os australianos com 92% de sucesso e 90% por parte dos britânicos, levando a que a maior parte do jogo se desenrolasse na zona do meio-campo e com as poucas entradas conseguidas nas Áreas-de-22. A chuva poderá ter tido muitas culpas…e a possibilidade da terceira vitória cedo terá ficado determinada…


Os Lions venceram a Série de 3 jogos com 2 vitórias. Mas tudo foi muito equilibrado como se pode verificar no gráfico acima onde se mostra que, no somatório de pontos das duas equipas, a diferença é apenas de 1 ponto favorável aos Lions.  Um ponto marcante que mostra a vantagem dos Lions e justiça da sua vitória está na vantagem  conseguida no Índice de Eficácia do Uso da Bola que, no fundo, será o que conta: “quanto melhor utilizares a bola mais eficaz serás” — uma vez que a bola tem que, na maior parte dos casos,  ser transportada até ao interior da Área-de-Ensaio. O conjunto do gráfico mostra que, embora com valores menores nos domínios considerados, os Lions são mais eficazes na sua utilização e daí a sua vantagem final. Para a Austrália, o recurso à colisão em vez de recorrer à manobra como o fez no terceiro jogo, será a maior razão para as duas derrotas.

Por ter atingido, com o seu cotovelo, a cabeça de um adversário, o talonador irlandês e nesse momento a capitanear os Lions, o notável Dan Sheehan foi, posteriormente, penalizado com 4 jogos de castigo. Castigo este que poderá ser reduzido a 3 jogos se Sheehan frequentar com aproveitamento um curso de treinadores…
… e agora, teremos os jogos entre as quatro nações do sul — Nova Zelândia, Austrália, África do Sul, Argentina — para passar o verão.
 






quinta-feira, 31 de julho de 2025

B&I LIONS VENCEM SÉRIES


 Um excelente jogo este 2º teste que entregou as Séries, com duas vitórias ao “melhor de três”, aos B&I LIONS.

A Austrália não se mostrou capaz de, apesar do maior número de bolas para utilizar e do maior número de ultrapassagens da Linha de Vantagem, de romper a defesa dos Lions que com 140 placagens foi garantindo a vantagem de 2 ensaios com 5 marcados contra 3 sofridos.

E foi nesta diferença de ensaios que surgiram os “casos do jogo”. 

No 1º ensaio dos Lions, o talonador britânico Dan Sheenam que, numa penalidade jogou rápido e atirou-se em mergulho para dentro da área de 22. Como não é permitido que o portador da bola salte por cima de um jogador para evitar uma placagem, as contestações australianas surgiram com o esquecimento que se existe a Lei 9.11 que não permite “pular por cima ou sobre um placador” também e para o caso em apreço, existe o Esclarecimento 3-2022 em referência à Lei 9.  que determina que um jogador portador da bola pode “saltar” para a “área-de-ensaio” e marcar ensaio. Naturalmente e neste caso específico o jogador que vai no ar, pode ser placado.

Sheenam, no ar, vai fazer um toque correcto, pressionando a bola no solo da “área-de-ensaio” 

O único galês, Jac Morgan, presente na equipa dos B&I Lions realizou, em cima do último minuto do jogo, a acção decisiva que garantiu a vitória britânica na Série. Morgan fez recuar o corpo do adversário, Tizzano, que se preparava para recuperar a bola que se encontrava no chão na sequência de uma placagem. Ao fazer recuar o adversário, Morgan permitiu a conquista da bola pela sua equipa que movimentando-a, permitiu ao defesa britânico Hugo Keenan marcar o ensaio que transformou o resultado de 24-26 para 29-26. E também aqui os australianos contestaram a validade do ensaio. 


Dada a reviravolta no resultado em cima dos 80 minutos, os australianos no banco e no campo, consideram ter havido falta e tentaram que o ensaio fosse anulado. O árbitro, o italiano Andrea Piardi, consultou o TMO e considerou que não tinha havido qualquer falta — a fotografia mostra, com a inclinação do corpo do australiano Tizzano e a posição do tronco e Morgan, precisamente isso — e que o ensaio era válido.

Nesta sua decisão, Piardi foi acompanhado pelos ex-árbitros internacionais Wayne Barnes na sua coluna do Daily Telegraph e Rob Debney no Sunday Times a que se veio juntar o Mestre Nigel Owen que considerou que a acção de Morgan foi “perfeita” e “clássica”.

E agora temos um jogo, no próximo sábado, que  promete e que mais do que em outras alturas nenhuma das equipas quererá perder. E nós também não!


sexta-feira, 25 de julho de 2025

PRIMEIRO TESTE B&I LIONS


Na véspera do 2º Teste Austrália-B&I Lions olhemos para o quadro da Comparação de Capacidades demonstrada no 1º Teste.

Com quase o dobro das bolas disponíveis para utilizar, os australianos não conseguiram ser suficientemente eficazes na ultrapassagem da Linha de Vantagem e menos ainda nas Entradas de 22 conseguidas. Apesar de marcarem o mesmo número de ensaios (3) os australianos mostraram-se, perante a melhor defesa britânica — 90% de eficácia — incapazes de utilizarem eficazmente a sua enorme vantagem de bolas utilizáveis. E essa ineficácia é bem definida pelo baixo valor — 46% — obtido no Índice de Eficácia do Uso da Bola

Aliás, alguma coisa estranha se estaria a passar no mental colectivo da equipa que levou grandes nomes rugbísticos como Woodward (treinador campeão mundial da Inglaterra em 2003 e treinador dos B&I Lions de 2005) e  o australiano Campese, que dispensa apresentações,  a interrogarem-se sobre o que se teria passado na cabeça do capitão australiano, Harry Wilson, para terminar o jogo, aproveitando o vermelho do relógio, com um pontapé para fora num à-vontade perfeitamente deslocado, demostrando uma atitude de entrega com raríssimos — ou nulos — precedentes.

Dada a situação, o jogo de amanhã reune todas as condições para um grande combate — do lado dos australianos porque querem garantir ainda a possibilidade de vencer as séries, enquanto que os britânicos têm a oportunidade de vencer já as séries com um 2-0. 

A ver, claro!

terça-feira, 22 de julho de 2025

NZELÂNDIA-FRANÇA. ANÁLISE


 Este terceiro e último jogo da digressão francesa à Nova Zelândia teve, como os outros dois, a derrota francesa como resultado final. Apesar de se encontrar a vencer ao intervalo por 19-17, o XV da França — que não pôde contar com uma grande parte dos seus habituais titulares por não poderem ultrapassar as 2000 horas de jogo sem parar para recuperar — não conseguiu, apesar do espantoso número de 270 placagens (os AB só fizeram, comparativamente, 111),  aguentar a maior capacidade de movimento e conquista dos All-Blacks. 

Com 180 bolas conquistadas e utilizáveis, os neozelandeses ultrapassaram a Linha de Vantagem por 120 vezes, entraram na área de 22 por 22 vezes e marcaram 4 ensaios, contra apenas 1 francês — que, aliás, não marcou um único ponto na 2ª parte. 

É claro que em França a contrariedade é enorme — o que fomos lá fazer? que raio de equipa é esta? — mas houve coisas boas desta equipa muito jovem e inexperiente. Com a demonstração defensiva realizada e que impediu, em cima da linha, a marcação de 4 ensaios — como resultado de uma técnica treinada durante a semana pelo conjunto Edwards (defesa) e Servat (colisões) e que se baseava em placar tão alto quanto possível e em deixar-se empurrar para conseguir colocar o corpo entre a relva e a bola — luta greco-romana, dizem. 

Diga-se também que, ao contrário dos que nos habituaram, os AllBlacks recorreram muito mais à colisão do que à manobra, facilitando a vida à previsão francesa que, assim, evitando os tais quatro ensaios e, apesar da derrota, tendo conseguido conquistar aos neozelandeses o Índice de Eficácia do Uso da Bola (IEUB). O que mostra que, apesar de tudo, esta equipa tem potencialidades e muitos destes jogadores estarão presentes no Mundial da Austrália.

segunda-feira, 21 de julho de 2025

SEM SURPRESAS


 Os B&I Lions venceram a Austrália por 27-19 (3E,3T,2P/3E,2T) no primeiro jogo-teste da digressão quadrienal da  equipa europeia. Num jogo com 342 placagens e 333 passes que permitiram 153 ultrapassagens da Linha de Vantagem e que vale a pena telever.

A África do Sul é, ao derrotar a Nova Zelândia por 23-15, campeã mundial de Sub-20 2025.

Neste 21 de Julho a World Rugby encerrou o seu Ranking Mundial da época 2024/2025. Portugal está em 18º lugar com 66,44 pontos tendo à sua frente a Geórgia no 11º lugar e com 74,69 pontos e ainda a Espanha (15º, 69,12), USA (16º, 68,45), Uruguai (17º, 67,52). Atrás de si estão, entre muitos outros, Tonga (19º,65,46), Chile (20º, 63,83), Roménia (21º, 62,67), Bélgica (22º,61,20), Canadá (25º, 57,75), Países Baixos (26º, 57,01), Brasil (28ª, 55,90); Suiça (29º, 55,26), Polónia (30º, 54,06), Suécia (31º, 52,93), Chéquia (33º, 50,89), Alemanha (34º, 50,37)…

sexta-feira, 18 de julho de 2025


 Enorme expectativa neste terceiro Nova Zelândia-França — com duas vitórias dos All-Blacks, os franceses vão apostar tudo na hipótese de vitória para não voltarem de mãos a abanar.

 Para além destes jogos que encerram os Jogos-Teste de Julho 2025, haverá ainda o primeiro dos testes Autrália/B&I Lions. SportTV, 11h00 deste sábado, 19 de Julho. A não perder.

quinta-feira, 17 de julho de 2025

MUDEMOS OU ACABOU-SE



O Rugby é, no domínio dos Desportos colectivos europeus mais conhecidos, o Desporto mais complexo entre todos eles. Porquê? Porque tem quatro formas, das quais três distintas, de marcar pontos — ensaio, transformação, penalidade e ressalto —, outras quatro formas organizadas de luta pela conquista da bola como formações-ordenadas, alinhamentos, pontapés de 22 ou pontapés da linha-de-ensaio e é o único que permite derrubar o adversário portador da bola. Situações que, embora obrigando a uma agilizada articulação permanente, só por si criam aspectos individualizados e distintos de adaptação a cada fase e que vão permitir a disputa corpo-a-corpo no chão. Definindo-se como um Desporto Colectivo de Combate, o Rugby é uma modalidade muito exigente nos diversos aspectos físicos, técnicos, tácticos e mentais. O que exige formas de treino muito cuidadas e bem articuladas tão próximas quanto possíveis da realidade dos jogos, da sua intensidade e da sua constante oposição. E se a competição é fraca, a natural inércia adaptativa vai fazer com que os treinos fiquem longe das melhores exigências. E depois…

…depois é a má tradução prática de que foi exemplo este Portugal-Irlanda com a tradução do facto de a um já negativo 41% de posse da bola só ter correspondido 27% de ultrapassagens da linha de vantagem.


Já se percebeu que a nossa equipa teve uma prestação fraquíssima. Culpa dos Jogadores? Culpa do Treinador? Nem por isso! Culpa, fundamentalmente do sistema competitivo e organizativo em que estamos rugbísticamente inseridos com ainda o enorme defeito de assentar, dando-nos a ilusão de um nível de constância inexistente, numa errada leitura da qualidade dos resultados mundialistas.


Para se ganhar jogos de rugby, para além da conquista da bola, é preciso marcar pontos — o ataque, que é, como se diz, a melhor defesa, tem que  se superiorizar! —  mas para que o ganho seja efectivo, é necessário que a defesa se imponha. E Portugal não conseguiu fazer frente a qualquer das necessidades. Portugal conseguiu fazer 111 placagens das quais falhou 71 com um sucesso de 63%. Mas o pior problema terá sido a má distribuição por jogador: como é hábito, Nicolas Martins realizou — para além do ensaio — 16 placagens, distribuindo a sua acção por todo o campo — grande nº7!! — seguido de Diego Pinheiro com 13 e de Simão Bento com 8.. Mas nos centros houve apenas 5 placagens portuguesas contra 13 irlandeses…


A falta de hábito competitivo “desprovocada” pelo desequilibrado campeonato nacional não treina os jogadores para uma eficácia defensiva que se aproxime ao exigido no nível internacional. E é claro que com a capacidade de manobra dos grupos atacantes na aproximação à linha defensiva demonstrada pelos irlandeses, os jogadores portugueses quando chamados a defensores, mostraram-se incapazes de lhes fazer frente.


E é assim: se nós portugueses não alterarmos a forma como encarámos o exercício competitivo da modalidade — a que se tem que juntar uma alteração profunda da legislação sobre as federações desportivas — a amostra do futuro ficou dada no Jamor. Chama-se desastre!


Nota pós-tristeza pior) Dois aspectos que revelam a pouca importância dada a pormenores que valem pormaiores:1)o fraquíssimo contraste entre a cor das camisolas portuguesas (vermelho) e a cor (um pretencioso dourado) dos números identificativos dos jogadores impossibilitando um bom e necessário reconhecimento de cada um por parte dos espectadores; 2) quando ouvi nos altifalantes da organização que Nuno Sousa Guedes iria realizar a sua 50ª internacionalização, fiquei estarrecido. Porquê? Porque estaria longe da verdade (faria a sua 42ª) e eu próprio avisei, com o envio de uma lista correcta, à FPR — que confirmou, ao que dizem, com a World Rugby — que o dado estava errado. Então porquê os gritos iniciais de festejo? Felizmente desistiram a tempo de qualquer comemoração visível… No entanto, grave foi o esquecimento de uma uma palavra de saudade em homenagem ao Carlos Moita, antigo internacional (18 vezes), recém~falecido e figura reconhecida do Rugby.

Super boa nota) Boa nota do fim‑de‑semana foi a vitória de Gales sobre o Japão (31-22) e que terminou com a sequência de 18 derrotas consecutivas. No meio de tanta tristeza, um boa alegria!

terça-feira, 15 de julho de 2025

ASSIM NÃO VAMOS LÁ


 A diferença entre as duas equipas pode ver-se, no quadro acima, no resultado do Índice de Eficácia de Uso da Bola (IEUB) que mostra uma diferença de capacidades de quase o dobro favorável aos irlandeses. Dispondo de 57 bolas utilizáveis, Portugal — para além da indisciplina de 9 contra 4 penalidades provocadas — só ultrapassou 39 vezes (contra 108 irlandesas) a Linha de Vantagem para entrar nos 22 adversários por 11 vezes (contra 30 irlandesas) para, no final de contas, conseguir marcar apenas 1 ensaio contra os 16 obtidos pelo adversário. O que demonstra bem a fraqueza da produção realizada pela equipa de Portugal. E seria possível ser de outra maneira? Duvido!

E duvido porque muito pouco daquilo que se exige a uma equipa de alto-rendimento esteve presente ao longo dos últimos meses no Rugby português. Começando mesmo pela análise — que considero abusiva como já o afirmei por diversas vezes — dos resultados do Mundial que não foram, para os mais conhecedores, o que podem aparentar. Nem permitem a confiança, que diria serôdia, que parece ter-se instalado globalmente — porque a realidade é esta: o rugby português não equilibrou nem tem equilibrada a sua equipa representativa com as equipes que se movem no Tier 1 — e um ou outro resultado aceitável ou mesmo interessante devem ser analisados numa acertada perspectiva. E se olharmos para os resultados deste fim‑de‑semana da Espanha e da Bélgica que venceram os Estados Unidos e o Canadá (ambos fora), é bom também que nos preocupemos com o Tier 2. 


Porque, sejamos realistas: o Desporto de Alto-Rendimento tem exigências de organização e rigor que  envolvem bastantes mais aspectos do que o mero campo. Tudo tem que ser coeso, desde a envolvente até à equipa, com os objectivos de competitividade pretendidos. E, pelo contrário, o nosso campeonato nacional — que o algoritmo Noll-Scully mostra ser, no domínio competitivo, um dos piores, se não o pior, campeonato europeu na sua comparação com o dos nossos adversários directos — não tem a qualidade competitiva capaz. E assim não é possível dar aos nossos jogadores as capacidades necessárias que são exigíveis no elevado nível da competição internacional. Tão pouco treiná-los de forma adequada.


A juntar a este campeonato desequilibrado em que são raros os jogos em que não se adivinha antecipadamente o vencedor, existe um calendário desfasado da necessidade sequencial com intervalos que a existência de jogos internacionais não justifica necessariamente a obrigação de parar todos os outros — para o evitar basta inventar um outro tipo de competição que obrigue à actividade uma vez que os clubes, por si, não a conseguem garantir.


Com esta visão em que vale mais o interesse de cada um do que o interesse geral de desenvolvimento do rugby português, a capacidade técnico-táctica das equipas e dos seus jogadores tem, como se tem visto nos jogos internos, descido de forma evidente. Jogámos de acordo. com um modelo que não tem saída. E viu-se isso mesmo neste jogo contra a Irlanda.


Mostrando que nunca perceberam a estratégia que Nun’ Álvares Pereira estabeleceu para ganhar Atoleiros ou Aljubarrota com um “No combate, a manobra impõe-se à colisão.”, os jogadores portugueses continuam a insistir —levando a que a forma se repita pelas diversas categorias inferiores portuguesas — no passe para o jogador do meio de um trio — o losango está esquecido — que nada mais constrói do que uma colisão, entregando a vantagem àquele que, à partida; é o mais forte, deixando o factor decisivo da inteligência fora do campo. E o que faz (fez) a Irlanda? Aproximou-se sempre da linha defensiva adversária, realizando manobras colectivas que, desequilibrando a organização defensiva, criavam os espaços necessários para estabelecer as rupturas que levam à Área de Ensaio. Impondo a manobra à colisão…


Temos portanto  que rever organização e métodos, estabelecendo a competitividade necessária aos níveis internacionais ou o Mundial da Austrália não vai ser uma alegria…


Nota pós-tristeza) Duas coisas boas que aconteceram durante o jogo Portugal-Irlanda: o responsável pelo quadro de marcação do resultado — mal a bola tinha tocado no solo, o marcador estava adaptado (e não faltaram momentos para o verificar…); como estávamos envolvidos por irlandeses, a cerveja a que tínhamos acesso na tribuna era a formidável Guiness.Estes dois aspectos, podem repetir-se no futuro— o resultado, NÃO!

quinta-feira, 10 de julho de 2025

JOGOS-TESTE 12/13 JULHO

 
Portugal joga no sábado pelas 19 horas com a Irlanda — 3ª qualificada do Ranking da World Rugby — no sábado, no Estádio Nacional do Jamor, num jogo que será um teste interessante que permitirá perceber o grau de evolução que os nossos internacionais apresentarão. É claro que o jogo não será fácil — a Irlanda, no passado sábado, venceu, em Tbilisi, a Geórgia por 34-5 com 4/1 em ensaios. Dada a diferença de pontos de Ranking — só haverá modificação da actual pontuação se Portugal vencer e aí, conquistará 2,00 pontos   — a vitória da Irlanda, sem conquistar pontos, por uma diferença próxima dos 40 pontos será o resultado mais provável. Mas um bom resultado para Portugal será, mesmo derrotado, se conseguir uma diferença menor do que 41 pontos — e se nos lembrarmos que existem 16 jogadores irlandeses em digressão com os Lions, o encurtamento da diferença de pontos no resultado é uma possibilidade.

Mas o mais importante será que a equipa portuguesa mostre capacidade de manobra — Nuno Álvares Pereira ensinou que “no combate, a manobra domina a colisão” — e neste combate que é o jogo de rugby, a regra deve ser a mesma, subordinada ao “comando do objectivo” cuja decisão resulta da visão e leitura da organização adversária que se apresenta na frente do portador da bola e que deve levar o apoio — quer seja o “losango”, o posicionamento “ao largo” para garantir a circulação da bola ou a preparação para perseguir os “pontapés de pressão” — a adaptar-se para garantir a continuidade do movimento e a exploração da vantagem. Mostrar que se consegue agir desta forma para ultrapassar a linha de vantagem será uma boa demonstração de qualidade evolutiva  dos portugueses nesta oportunidade de jogar contra uma equipa de óbvio nível superior.

Nos outros jogos expostos — alguns deles com transmissão televisiva, incluindo os dos B&I Lions, pela SPORT TV — serão, como se pode ver pelas previsões, jogos muito cerrados e cujo final pode levar à troca de lugares no Ranking.

Enfim…fim‑de‑semana de sofá com ida ao Estádio Nacional.

Como notícia importante e motivo de orgulho  para o Rugby português, o facto da Maria Heitor, tendo sido já o 1º Match Official português chamado a participar num Mundial de Rugby de XV, ser agora nomeada  Árbitra Assistente para o Jogo de Abertura do Mundial Feminino 2025 que terá na sul-africana Aimee Barrett-Theron a árbitra principal e com a neo-zelandesa Natarsha Ganley como outra Assistente. Boa sorte e bons jogos, Maria Heitor!

terça-feira, 17 de junho de 2025

COM AMIZADE NA MEMÓRIA DE SEMPRE!


A pedido expresso da Beatriz, filha do nosso Carlos Moita, para esta ocasião da sua cerimónia fúnebre, vou repetir, com as adequações devidas à circunstância, a leitura do texto que então li na Homenagem que o CDUL lhe prestou em Novembro passado.


Falar sobre o Moita — era assim que lhe chamávamos — lembrando, nesta cerimónia fúnebre, a sua contribuição para o prestígio do nosso CDUL se é um momento que muito me honra é também, pela relação que tive com ele, um momento de grande emoção. E não posso deixar-me levar por ela porque não quero que sejam as minhas lágrimas que marquem esta despedida a um Amigo, a um grande companheiro de equipa com quem partilhei grandes momentos de conquista para o nosso Rugby do CDUL. 

O Moita foi sempre um exemplo de carácter e simpatia — o meu filho Raul, que, miúdo, assistia a jogos e treinos dizia-me há dias: “Lembro-me muito bem do Moita — o pai a chutar a bola para cima dele para ele correr e fintá-lo. Foi sempre muito simpático comigo.


Conheci o Moita no Rugby do CDUL. O Estádio Universitário era a nossa casa. E tivemos sempre uma óptima relação desde logo porque tínhamos uma base desportiva e de valores comum: embora ele tenha entrado no meu ano de saída, éramos ambos antigos-alunos do Colégio Militar. O companheirismo que nos marcava teve assim um início facilitado. 


Internacional 18 vezes e com a particularidade de na sua 1ª internacionalização em 1974, estarmos os dois em campo com a mesma camisola para, em 1985 e na sua última internacionalização, estarmos também ambos empenhados e eu ser o seleccionador/treinador nacional da altura num círculo comum de relações e cumplicidades com muitos anos de jogos lado-a-lado a defender a camisola azul e a procurar os melhores resultados. E como nos entendíamos bem. Cúmplices mesmo!


Moita era um atleta de grande categoria - fisica, táctica e tecnicamente — e um marcador de ensaios terrível e acima do comum — bola entregue e o ensaio estava mais do que à vista. O que muito contribuiu para as nossas vitórias em jogos e campeonatos. 


Mas, como todos os campeões, foi sempre um exemplo de grande humildade e nunca se vangloriou da sua categoria de super-herói. Teve sempre um enorme respeito pelo colectivo — a equipa estava sempre em primeiro lugar — sabendo muito bem que, por melhor que se seja individualmente, estamos sempre dependentes do rendimento do colectivo. Como prova do seu entendimento de que nenhum eu estava acima do nós, o facto de, depois de ter sido nomeado como o melhor marcador de ensaios do nosso CDUL e quando o Bernardo Marques Pinto se preparava para lhe entregar o prémio, dizer como generosamente o fez tantas vezes: Metade desse prémio pertence ao Bessa — era ele que me passava a bola para eu marcar os ensaios.” 


Eu, limitava-me a fazer o meu trabalho — bola recebida de outro companheiro, manobra necessária para criar espaço e passe para que o Moita pudesse, eficazmente. utilizar todos os seus enormes recursos e capacidades e, no mínimo, avançasse no terreno ou, no melhor, marcasse o procurado ensaio. O trabalho final era todo dele! Autêntico Campeão!!! 


No Moita reconhecemos um bom carácter e sempre um amigo do seu amigo. De todas as vezes que nos encontrávamos, o tempo que nos separava do último encontro a que vidas diferentes nos tinham obrigado, nunca contava. Era como se estivessemos sempre juntos e a memória, para nós, não tivesse hiatos. Era a continuidade contínua da amizade. 


Que os que agora envergam a camisola CDUL Rugby, que os que hoje aqui se encontram nesta cerimónia, tenham o exemplo do Moita, enquanto jogador e enquanto homem, como modelo e referência, contribuindo assim para que o CDUL o não esqueça nunca e para que o serem membros desta nossa equipa se possa traduzir numa dedicada aprendizagem de vida. 


Viva o nosso CDUL Rugby que nos deu alma e coração para sermos melhores na nossa vida, garantindo que, em cada um de nós — na nossa memória individual e colectiva — o Carlos Moita viverá sempre!


Continuamos contigo, caríssimo Moita! 


Saibámos honrar a tua memória! 

SEMPRE!





segunda-feira, 16 de junho de 2025

BELENENSES BI-CAMPEÃO

 


NOTA. Por razões que desconheço, desapareceu o post que coloquei aqui após o jogo que determinou o novo título do Belenenses.


Ao derrotar o GD Direito na adiada 6ª jornada do Grupo do título por 47-5 o Belenenses bisou o título nacional e é, pela 10ª vez Campeão Nacional.

Este campeonato iniciado com uma fase de apuramento que envolveu 12 clubes para apurar dois grupos — um do título e outro da descida —de 6 equipas não foi muito interessante e foi muito pouco competitivo. Ao ponto de o Grupo da descida apresentar um Índice de Competitividade de valor superior (2,64) ao do Grupo do título (2,97). — o valor de equilíbrio é de 1 e os valores superiores à unidade são tanto mais fracos competitivamente quanto mais distantes da unidade.

Basta aliás ver a diferença de pontos de classificação para perceber que deste muito cedo havia apenas duas equipas com aceso aos dois primeiros lugares. Veja-se: a diferença de pontos de classificação entre o 2º classificado e o 3º era de 15 pontos; entre o mesmo 2º e o 4º de 22 pontos e  o 4º classificado e o último classificado (6ª) estavam separados por 10 pontos.

O 4º classificado, S. Miguel, terminou com 89 pontos negativos de diferença entre pontos marcados e sofridos. E nas dez jornadas de campeonato houve apenas 3 pontos de Bónus Defensivos e 14 pontos Bónus Ofensivos— o que não ajuda nada na demonstração de jogos equilibrados.

Com um campeonato destes não é possível elevar o nível da prestação competitiva internacional dos jogadores portugueses que jogam em Portugal. E depois são evidentes — porque os portugueses que jogam em França estão habituados a outro nível competitivo — os desequilíbrios que a equipa da Selecção Nacional apresenta e que se podem observar nos jogos internacionais contra equipas que não sejam tão fracas como bélgicas ou holandas.

Na minha opinião e já a expressei por inúmeras vezes, os campeonatos nacionais das duas primeiras divisões deveriam ser realizadas por dois grupos de seis equipas cada um e disputados em três voltas com os jogos da 3ª jornada a serem disputados em casa do clube que tivesse, entre os dois clubes, os melhores resultados de acordo com as normas regulamentares de classificação. Com este modelo haveria maior competitividade e não se perderia tempo com “aberturas” ou “apuramentos” sem qualquer tipo de competitividade. Para que haja um aumento de interesse pelaa competições internas é necessário garantir que as principais competições não tenham a maioria dos seus jogos com vencedores antecipadamente reconhecidos — ganhando assim a capacidade técnica e táctica dos jogadores e das equipas e tornando o campeonatomais atracctivo.

A não alterar este sistema, o rugby português tenderá a baixar o seu nível de maneira significativa. Os números não enganam…

 

sexta-feira, 30 de maio de 2025

QUASE NO FIM



Aproximando-se do seu final — embora com a estranha particularidade do campeonato principal termnar com a  jornada que deveria abrir a segunda volta (6ª jornada) — o campeonato do Grupo Campeão tem apenas duas equipas (Beleneneses e Cascais ambos com 32 pontos) que podem ganhá-lo — e pode nesta 10ª jornada mas não última, tudo ficar esclarecido. 
Outra situação será a de saber qual das actuais três últimas equipas (São Miguel, CDUL e Benfica) ocupará o último lugar.
Como curiosidade o facto de 50% das equipas terem um saldo negativo de Marcados/Sofridos com o CDUL a poder garantir um saldo final e o Direito a ter que defender os seus 3 pontos de saldo positivo.

Como facto maior, o valor do Índice Competitivo — algoritmo de Noll-Scully — da Taça Plate 2,64 — ser de nível superior ao do Grupo Campeão — 2,90 — o que não deixa de ser estranho… Repare-se que no grupo principal existem apenas dois pontos resultantes de Bónus Defensivos numa clara demonstração de enorme dificuldade em equilibrar jogos — na Taça Plate existem quatro pontos obtidos com Bónus Defensivos…

Estes valores de 44% e 25% de obtenção de Bónus Defensivos é mais uma achega para demonstrar que o valor competitivo de ambos os Grupos é muito fraco — mau mesmo — uma vez que o valor do Equilíbrio Competitivo é 1, aumentando o desequilíbrio com o afastamento da unidade. 
O que demonstra aquilo que venho dizendo há muito: a organização desta competição do rugby interno está ERRADA e não permite o desenvolvimento e a aproximação ao nível internacional dos jogadores portugueses. 

quinta-feira, 15 de maio de 2025

MARIA HEITOR NO MUNDIAL FEMININO


 Maria Heitor foi nomeada como árbitro-assistente para o Mundial Feminino que se inicia, a 22 de Agosto, em Inglaterra, sendo assim o 1º membro português de Equipa de Arbitragem (Match Official)  a ser nomeada para um Mundial de Rugby de XV.. Parabéns e que tudo corra pelo melhor

TORNEIOS EM QUE JÁ ARBITROU

Rugby Europe Women’s Championship: 2023, 2025
Rugby Europe Women’s Trophy: 2021/22, 2022/23
Rugby Africa Women’s Cup: 2023
Rugby Europe Women’s Sevens Championship: 2022, 2023, 2024
Rugby Europe Women’s Sevens Trophy: 2021
Rugby Europe Women's U18 Sevens Championship: 2022, 2023, 2024

TORNEIOS COMO VÍDEO-ÁRBITRO (TMO)                                                                                  WXV 3: 2024


terça-feira, 13 de maio de 2025

7ª JORNADA DO GRUPO DO CAMPEÃO

Em relação ao final da 1ª Volta — e tendo em atenção que a 6ª jornada foi adiada para 6 de Junho —apenas a mudança do líder por razões de melhor diferença entre pontos de jogo Marcados e Sofridos De resto continua a enorme diferença entre o grupo dos três primeiros e o grupo dos restantes outros três .



quinta-feira, 1 de maio de 2025

TOP 12 — FINAL DA 1º VOLTA



Terminadas as 5 jornadas que formam a 1ª volta da fase final do TOP12, a realidade é clara: a organização da 1ª fase com 12 equipas divididas por 4 grupos é um disparate competitivo — o desequilíbrio é evidente como se pode ver no gráfico seguinte com base no Índice de Competitividade Noll-Scully.

Sendo o factor 1 do algoritmo Noll-Scully o equivalente à demonstração competitiva e equilibrada de um grupo que disputa uma competição desportiva, pode ver-se que os Grupos A,B e C da1º fase são muito elevados e mostram um desequilíbrio que se reconheceu na grande maioria dos jogos disputados. E se fizermos o truque de considerar uma coluna representativa da junção dos 3 Grupos da Fase de Apuramento vemos que a coluna demonstra um profundo desequilíbrio que, diga-se de passagem, afastava os nossos jogadores potencialmente seleccionáveis da qualidade necessária à prestação internacional. Valeu-nos a nova organização que nos colocou como adversários a ultrapassar os fracos Bélgica e Holanda.
Do gráfico pode retirar-se que a organização do campeonato português deve ser feita  — no grupo principal —  com duas séries de 6 equipas, juntando as melhores no mesmo grupo e realizando o campeonato a 3 voltas para garantir 15 jogos. 
Assim, os jogadores portugueses, disputariam todos os fins-de-semana jogos de grande competitividade que os preparariam para o nível internacional. Porque, como se deve saber, só com hábitos competitivos elevados é possível garantir uma continuidade competitiva internacional que coloque a selecção portuguesa num patamar de nível elevado permanente.


Arquivo do blogue

Quem sou

Seguidores