sexta-feira, 16 de março de 2018

DECISÃO PARA A FASE FINAL E 6 NAÇÕES NO FIM


Joga-se o final da Fase Regular e o Fase Final, que já tem Agronomia, Belenenses e Cascais apurados, está dependente do resultado do Direito- CDUL para saber qual das duas equipas entrará na disputa.
Neste jogo Direito-CDUL o favorito, se tivermos em conta os dados anteriores de capacidades demonstradas em jogos fora e em casa, é Direito por uma margem que legitima a expectativa de ponto de bónus ofensivo.  
É claro que se o campeonato português tivesse estatísticas analíticas instaladas, a análise podia ser muito mais interessante do que a feita no quadro que trata de elementos acumulados  - Taxa de sucesso=nº de vitórias sobre as possíveis; Quotas de pontos = pontos marcados sobre a totalidade de pontos marcados e sofridos; % pontos de classificação = pontos obtidos sobre totalidade de pontos possíveis - mas que não permite determinar pontos fracos e fortes das equipas bem como o seu nível de disciplina. É o que temos e que, como se pode ver no quadro, mostra a diferença que faz de Direito favorito.
E se Direito vencer com ponto de bónus e atingir os 19 pontos de classificação, ficaria apurado para as meias finais do Final Four. Quanto ao CDUL, partindo com 4 pontos à maior, precisa de, no pior dos casos, garantir que, ou marca ponto de bónus defensivo ou que não permite a marcação de 4 ensaios aos advogados ou elimina a diferença de 3. Caso haja apenas vitória de Direito sem pontos de bónus para qualquer das equipas verificar-se-á um empate pontual e, pelas regras de desempate estabelecidas - maior número de vitórias, maior diferença entre pontos marcados e sofridos, maior número de ensaios marcados - o CDUL terá que evitar uma diferença superior a 10 pontos uma vez que o adversário, para atingir o seu número de ensaios (16), ficaria enquadrado no critério da pontuação de classificação. Ou seja: para que Direito se qualifique, precisa:
  1. vencer o jogo com marcação de, pelo menos, 4 ensaios, garantindo uma diferença positiva de 3 ensaios e não permitindo ponto de bónus defensivo;
  2. vencer o jogo por mais de 10 pontos de diferença.
Para que o CDUL se qualifique, precisa:
  1. vencer o jogo;
  2. perder mas sem que o adversário consiga pontos de bónus ofensivo;
  3. perder por menos de 8 pontos de diferença mesmo que o adversário consiga bónus ofensivo;
  4. perder por 10 ou menos pontos sem que haja quaisquer pontos de bónus.
Portanto - e se não me enganei nas contas - se o Direito se apresenta com favorito à vitória no jogo, o CDUL apresenta-se como favorito para passar à fase seguinte - até porque o jogo se inicia com o CDUL apurado, obrigando, como se diz na gíria, o Direito a correr atrás do prejuízo. Se o CDUL ganhar o jogo poderá ainda, dependendo do resultado do Belenenses-Cascais, chegar ao 3º lugar.
Existem assim ingredientes suficientes para tornar o jogo interessante e para ver como reagem os jogadores a estes factores de pressão extra a que se juntará ainda a probabilidade de chuva, segundo as previsões meteorológicas.
Pelo meio desta preocupações de classificação, surgiu um comunicado do Presidente federativo a anunciar a necessidade de alterar a data das meias-finais do Final Four marcadas para 14 de Abril.  A razão - por mais que se queira estabelecer a confusão com o facto de, diz-se, não estarem marcados os jogos internacionais de barragem e de acesso ao Mundial (o da barragem Championship/Trophy está marcado, desde, pelo menos - senão antes - 7 de Fevereiro, para 28 de Abril próximo como se pode ver na documentação do site Rugby Europe - está na sobreposição do Europeu de S20 (jogadores seniores) cujas datas e local se conhecem desde, pelo menos, 12 de Dezembro. Ou seja, o acordar tarde vai obrigar a alterações tardias que, espero, não venham a prejudicar a preparação para o decisivo jogo internacional de barragem.
No 6 Nações e com a Irlanda já como vencedora, também a jornada final. Dois jogos de grande interesse e expectativa - Inglaterra-Irlanda e Gales-França.
A Irlanda, vencendo em Twickenham, garantirá o Grand Sam. Situação que a Inglaterra, vinda de duas derrotas, pretende evitar a todo o custo. Como aliciante táctico do jogo fica a expectativa de saber se a Inglaterra conseguirá equilibrar o jogo-no-chão - a Irlanda irá,muito provavelmente, usar e abusar da situação  - e não cometer o exagerado número de faltas que a tem caracterizado. O interesse para ver na equipa da Irlanda estará quer em saber quantas vezes a sua Dobra será utilizada e produzirá efeitos, quer em ver como a sua defesa - muito à moda XIII e numa aplicação demasiado directa para as diferentes características de jogadores - se adaptará para fazer frente ao jogo atacante inglês inglês.
No outro jogo, a curiosidade estará em ver se a França mantém o registo que demonstrou há uma semana contra a Inglaterra e se a modificação do modelo de jogo galês garante eficácia contra a agressividade da defesa francesa. Isto para além do duelo directo dos centros Parkes e Bastareaud Dois jogos a valer a pena uma vez que o Itália-Escócia - que não deve ter dificuldade na definição do vencedor - servirá apenas para perceber se os progressos italianos, apesar das derrotas, são ou não sustentáveis.

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