domingo, 18 de março de 2018

ESPANHA PERDEU, CDUL FORA E IRLANDA COM GRAND SLAM

Espanha, CDUL e Inglaterra foram os grandes perdedores deste fim-de-semana nos jogos que seguimos.
A Espanha a um fácil passo - vejam-se os anteriores resultados de ambas as equipas - deixou-se surprender pela Bélgica e perdeu por 18-10, abrindo o acesso directo ao Mundial para a Roménia. Para quem viu o jogo, a arbitragem foi má e tendenciosa, verificando-se sem margem para grandes dúvidas que houve, pese o fraco jogo espanhol, um nítido favorecimento belga. E o problema - situação demasiado grave para que se deixe sem duros reparos e até acções - é que a Rugby Europe presidida por um romeno, nomeou um árbitro romeno para uma situação em que a Roménia era parte interessada. E tão interessada que foi beneficiada: apurou-se directamente para o Mundial. E não vale a pena meter a cabeça na areia e tapar os olhos com qualquer peneira para, naquela mania habitual, salvaguarda dos “valores”: tudo isto cheira a esturro! E é precisamente em nome dos valores desportivos que dizemos defender que não podemos admitir que coisas destas aconteçam. Não se pode, impunemente, aceitar soluções desta natureza que, no mínimo, são suspeitas. É obrigatório agir para que não haja mais possibilidades de repetição de situações idênticas. E de nada servem comunicados do tipo do lançado pela Rugby Europe embrulhado numa moralice que só colhe junto de distraídos. 
E para que não haja dúvidas sobre os tendenciosos factos verificados, veja-se o vídeo do jogo que, espera-se, seja acessível muito brevemente e como habitualmente no site da Rugby Europe.
A Federação Espanhola, depois das orelhas moucas da Rugby Europe ao seu pedido para que fossem substituídos os árbitros romenos designados - a Rugby World substituiu, praticamente em cima do jogo, um árbitro-auxiliar designado para o Inglaterra-Irlanda por ter participado nos treinos ingleses - decidiu apresentar um pedido formal quer à federação europeia, quer à Rugby World para que a Comissão de Árbitros da Rugby Europe analise o vídeo do jogo e verifique a qualidade da arbitragem.
CAMPEONATO PORTUGUÊS
Em Portugal o grande perdedor foi o campeão ainda em título, CDUL, que pelo resultado, mais do que pela derrota, se viu, com teórica surpresa dada a sua época, afastado da Fase Final.  Não tendo conseguido nas 10 jornadas do CN1 mais do que 4 vitórias e somando por derrotas todos os jogos fora, o CDUL mostrou, depois de um início prometedor, uma inesperada incapacidade competitiva. O Direito, pelo seu lado, foi o grande vencedor da jornada. Dado, praticamente, como afastado da possibilidade de aceder à Fase Final, com duas vitórias nos dois últimos jogos (Cascais e CDUL) conseguiu através do segundo factor de desempate - diferença de pontos globais de jogo marcados e sofridos - o seu apuramento. Com tanto valor quanto o facto do CDUL se apresentar no início do jogo de todas as decisões com vantagens suficientes para poder garantir a sua qualificação. Mas o Direito, como aliás nos tem habituado ao longo dos anos, mostrou-se mais capaz no momento decisivo.
Agora, ultrapassando a confusão que se deixou instalar, é esperar o acerto das datas para a disputa das meias-finais que oporão Agronomia e Direito por um lado e, por outro, Belenenses e Cascais.
Esperemos para ver com a confiança de que as datas a marcar não venham impedir a necessária preparação para o jogo - repete-se - mais importante da época desportiva: Alemanha-Portugal.
6 NAÇÕES
Acabou também o 6 Nações com a conquista do Grand Slam - vitória sobre todos os adversários - e, naturalmente, do título do Torneio de 2018, pela Irlanda. 
Com uma notável capacidade de jogo-no-chão, com um bloco de avançados coeso e de grande sintonia - leituras comuns de momentos do jogo - a que se juntava uma superior capacidade de exploração das situações por parte dos dois médios, Conor Murray e Jonathan Sexton, a Irlanda foi conquistando vitórias. E onde não deixou dúvidas algumas foi neste último jogo em Twickenham.


As previsões com base nos jogos passados como é o caso da utilização dos valores dos rankings - e mesmo se o da Rugby Vision tem por base um algoritmo mais moderno e adequado - tem uma enorme dificuldade em se aproximarem dos resultados reais. O que é bom para o rugby que nos pode sempre, como tem acontecido, surpreender. No entanto estes rankings, mesmo com o erros da sua construção que favorece mais as vitórias em níveis mais fracos do que protege derrotados em níveis mais elevados - e por isso Portugal se encontra à frente da Bélgica e Alemanha que jogam, como se sabe, na divisão superior - tem a vantagem de nos estabelecer um patamar tido como o resultado normal. E a partir daí considerar o valor do resultado. Como exemplo: apesar da derrota, a Itália, perdendo por dois pontos de diferença quando a expectativa era a de uma derrota por 19 ou 14 pontos de jogo de diferença (conforme os rankings utilizados), teve um bom resultado. O resultado da França também foi bom e o da Irlanda foi formidável. Porque não era, pelos resultados anteriores construídos ao longo de épocas, expectável que conseguissem resultados tão próximos ou superiores. Mas estas previsões não fazem apostadores ricos...

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