Colocado no 20º lugar com 62,16 pontos de ranking, Portugal encontra-se melhor colocado que a Namíbia – 25º lugar com 56,60 pontos de ranking. Significa isto que Portugal é favorito. Jogando em casa, o intervalo de avaliação – diferença entre pontuações – sobe de 5,56 para 8,56 pontos de ranking e, consequentemente, faz subir as obrigações desportivas. Nesta situação pode dizer-se que no estrito plano teórico e para que o jogo traduza a realidade classificativa, Portugal deveria vencer por uma diferença de cerca de 17 pontos de jogo (equivalente a uma superioridade sobre o adversário de mais 2 ensaios transformados e um pontapé de penalidade ou de ressalto convertidos).
Ora, este entendimento – que constrói para cada nível de resultado uma quantidade de pontos a trocar entre vencedores e vencidos – leva a que na formulação dos pontos para a classificação do Ranking da IRB, Portugal tenha, do intervalo dos pontos de troca em disputa, uma menor parte no caso da sua provável vitória, recebendo a Namíbia, no caso da sua improvável vitória, cerca de 13 vezes o valor destinado aos portugueses. É o aceno da cenoura para estimular a façanha.
Embora só seja possível uma troca de posição entre os dois países se a Namíbia vencer por mais de quinze pontos de diferença, o resultado do jogo irá ter repercussões na classificação geral e na relação com outros países.
Assim, a vitória da Namíbia dar-lhe-á desde logo a possibilidade de subir 2 lugares e atingir a 23ª posição, ultrapassando Coreia e Chile. Caso a vitória seja por mais de 15 pontos de diferença, a Namíbia subiria para o 21º lugar, ultrapassando ainda Espanha e Portugal.
Vencendo, Portugal manterá a mesma 20ª posição mas, perdendo ou empatando, cederá o lugar ao Uruguai (21º com 61,97 pts.) e, como se viu, perdendo por mais de 15 pontos de diferença, descerá dois lugares passando a ocupar o 22º lugar atrás do Uruguai (20º) e da Namíbia (21º).
Ou seja, num jogo deste tipo, com adversário com posição inferior e menos pontos de ranking e jogando em casa, o risco é todo do melhor classificado. Que fica com a obrigação de ganhar.